Região mais pobre do país “é cadastro” de Albuquerque

O presidente do PS da Madeira mostrou-se confiante numa vitória socialista nas próximas eleições regionais.

O líder do PS/Madeira considera que o facto de o arquipélago ser a região mais pobre do país é um “cadastro” que “tem um nome: Miguel Albuquerque”.

Apontando que a Madeira foi ultrapassada pelos Açores e é agora “a região mais pobre de Portugal”, Sérgio Gonçalves defendeu que “este facto não é currículo, é cadastro”. “E é cadastro que tem um nome: Miguel Albuquerque [presidente do Governo Regional]”, declarou este domingo, no encerramento do XX Congresso do PS/Madeira, no qual tomou posse como presidente da estrutura regional, após ter sido eleito em fevereiro com 98,6% dos votos.

No seu discurso de tomada de posse, Sérgio Gonçalves começou por agradecer “o legado e a herança” deixada pelo antecessor, Paulo Cafôfo, e enunciou um conjunto de desafios com os quais a região se vai confrontar nos próximos tempos devido à guerra na Ucrânia, como a “escalada de preços de matérias-primas e bens essenciais”.

“Estes desafios circunstanciais somam-se a vários outros que a região atravessa há décadas, sem que tenha havido uma resposta adequada”, afirmou.

“A realidade é esta, a Madeira em 2022 vive estrangulada por problemas inadmissíveis que condicionam seu desenvolvimento. A Madeira de 2022 apresenta indicadores inaceitáveis perante as condições de governação que existem desde a consagração da autonomia”, argumentou, lamentando que o arquipélago “é a região mais pobre do país, a que apresenta maiores níveis de desigualdade, onde os cidadãos têm um menor poder de compra, onde a maior parte da população vive com um salário mais próximo do salário mínimo regional e onde existe a mais baixa taxa de natalidade”.

“Isto é inconcebível, inaceitável e é a marca e o legado que nos deixa o PSD de Miguel Albuquerque. É a marca que nos deixa um governo de interesses pessoais, onde um PSD vendado pela cegueira de se manter no poder a todo o custo privilegia satisfazer o indivíduo, o partido, o resultado eleitoral”, criticou.

O líder do PS/Madeira manifestou-se ainda confiante numa vitória dos socialistas nas eleições regionais de 2023 e pediu aos militantes “competência e compromisso”.

“Sei que o vamos conseguir porque sei que os socialistas da Madeira têm uma fibra desmedida, uma resiliência ímpar de quem nunca desiste de lutar. Vamos lutar e vamos vencer”, vincou.