Arquiteto Francis Keré é primeiro africano a vencer Prémio Pritzker

Natural do Burkina Faso Diébédo e fundador e arquiteto do escritório Kere Architecture, com sede em Berlim, o artista esteve em Portugal em novembro de 2019, a propósito da inauguração de uma exposição na Exponor, em Matosinhos.

Segundo a organização responsável pela entrega do prémio em questão, o arquiteto do Burkina Faso Francis Keré é o vencedor do prémio Pritzker 2022, tornando-se, assim, no primeiro profissional africano a conquistar o mais importante galardão da arquitetura mundial.

“Francis Kéré está a ser um pioneiro da arquitetura – sustentável para a terra e para os seus habitantes – em terrenos de extrema escassez. Através de edifícios que mostram a beleza, a modéstia, o arrojo e a invenção, e pela integridade da sua arquitetura e gesto, Kéré sustenta, com graciosidade, a missão deste prémio”, lê-se no documento do júri que foi divulgado em comunicado.

A organização realçou, entre muitos outros dos seus projetos, a escola Benga Riverside, em Moçambique, que inclui “paredes com padrões de pequenos vazios recorrentes, permitindo que a luz e a transparência evoquem sentimentos de confiança por parte dos estudantes”.

Natural do Burkina Faso Diébédo e fundador e arquiteto do escritório Kere Architecture, com sede em Berlim, o artista esteve em Portugal em novembro de 2019, a propósito da inauguração de uma exposição na Exponor, em Matosinhos.

Na altura, o arquiteto que também recebeu o Prémio Aga Khan de Arquitetura em 2004, afirmou à agência Lusa que “a arquitetura consome imensos recursos” e que, por isso, “é importante pensar na sustentabilidade”: “A arquitetura tem de mudar e para isso é importante juntar esforços. É preciso ter em consideração todas as mudanças que se passam no mundo, como as climáticas e de limitação de recursos”, acrescentou.