Grupo de 36 políticos europeus pede para aceitar candidatura de Zelensky e povo ucraniano para Nobel da Paz

O prazo das candidaturas para o prémio deste ano terminou no último dia de janeiro. 

Grupo de 36 políticos europeus pede para aceitar candidatura de Zelensky e povo ucraniano para Nobel da Paz

Embora tenha terminado o prazo para nomear personalidades, vários políticos europeus já apelaram ao Comité Nobel Norueguês para aceitar a candidatura do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e do povo ucraniano ao Nobel da Paz deste ano. 

Um grupo de 36 signatários – políticos europeus, sobretudo dos Países Baixos, mas também do Reino Unido, Alemanha, Suécia, Estónia, Bulgária, Roménia, Eslováquia e Bélgica – enviaram uma carta, datada de 11 de março e divulgada esta sexta-feira, a pedir ao comité para que reabra, até 30 de março, o prazo para as nomeações para o prémio deste ano, devido aos "acontecimentos históricos e sem precedentes" na Ucrânia. De notar que o prazo terminou no último dia de janeiro. 

"O mundo está chocado com as imagens de guerra vindas da Ucrânia. Milhões de famílias vivem agora com medo, as suas casas e meios de subsistência ameaçados pelos bombardeamentos e por um exército invasor. Somos testemunhas da coragem do povo da Ucrânia em resistir a esta guerra travada pela Federação Russa", sublinham na carta, que engloba na lista de assinantes os ex-primeiros-ministros Guy Verhofstad, da Bélgica, e Andrus Ansip, da Estónia, bem como atuais e antigos deputados ao Parlamento Europeu.

O comité norueguês já confirmou que, para o prémio deste ano, há 343 nomeados, sendo que é obrigado a manter em segredo os nomes de candidatos num prazo de 50 anos. A divulgação de nomes de candidatos só é feita por quem os propõe.

Entre os nomeados deste ano contam-se a ativista ambiental sueca Greta Thunberg, a figura da oposição bielorussa Svetlana Tikhanovskaya, o Papa Francisco, o Conselho Ártico e o movimento birmanês de desobediência civil.

O Nobel da Paz de 2021 foi entregue aos jornalistas Maria Ressa (Filipinas) e Dmitry Muratov (Rússia) "pelos seus esforços para salvaguardar a liberdade de expressão, que é uma condição prévia para a democracia e uma paz duradoura".