Caso Fábio Guerra: Marcelo visitou esquadra da PSP e vai à Covilhã falar com família. Um dos suspeitos libertado

Um dia depois da morte do agente da PSP, o Presidente da República visitou a esquadra da PSP de Alfragide, para apresentar condolências, e vai à Covilhã para “apresentar pessoalmente” os sentimentos à família de Fábio Guerra. Destaque ainda para a libertação de um dos três detidos e para a empresa concessionária da discoteca que apresentou queixa-crime devido às…

Caso Fábio Guerra: Marcelo visitou esquadra da PSP e vai à Covilhã falar com família. Um dos suspeitos libertado

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi apresentar, esta terça-feira, as suas condolências pela morte do jovem polícia aos colegas da esquadra da PSP de Alfragide, ao realçar a forma como cumpriu a missão, anunciando ainda que irá visitar a família de Fábio Guerra. De notar ainda que o Ministério Público (MP) libertou um dos três detidos e que a empresa concessionária da discoteca apresentou queixa-crime devido às imagens difundidas do incidente. 

"Fui visitar hoje, ao fim da manhã, a esquadra onde ele [Fábio Guerra] exercia as suas funções, e tive oportunidade de falar aos camaradas para testemunhar, por um lado o meu reconhecimento pela ação que é deles e dos seus camaradas, para garantir a segurança de todos os portugueses (…), por outro lado para fazer uma referência especial à forma como ele cumpriu a sua missão", disse Marcelo Rebelo de Sousa, durante a iniciativa "Artistas no Palácio de Belém", em Lisboa.

Depois de apresentar condolências ao efetivo da esquadra da PSP de Alfragide, que está a passar por um momento "penoso" com a morte de Fábio Guerra, de 27 anos, esta segunda-feira, devido a "graves lesões cerebrais" que sofreu quando foi agredido, Marcelo vai hoje à noite à Covilhã para "apresentar pessoalmente" os sentimentos à família do agente da PSP, "logo que termine" a reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional.

"Não queria deixar de dizer à família aquilo que, por maioria de razão, disse aos camaradas da PSP", apontou o chefe de Estado. 

A investigação da Polícia Judiciária (PJ) está a decorrer, tendo sido libertado um dos três detidos suspeitos de agredir os polícias à porta da discoteca MOME, em Lisboa, acabando por vitimar um dos agentes. Segundo uma fonte ligada ao processo, citada pela agência Lusa, o suspeito, civil, que estava preso no estabelecimento prisional anexo à PJ, foi presente ao MP e, depois de ser inquirido, saiu em liberdade. 

Este arguido ficou também dispensado de ir a interrogatório na quarta-feira, no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, ao passo que os outros dois suspeitos, ambos fuzileiros e que estão detidos na prisão militar de Tomar, terão de estar presentes. 

Os dois fuzileiros foram detidos ontem por suspeitas do homicídio de Fábio Guerra e de agressões a outros quatro, na madrugada de sábado, e vão passar esta noite na prisão militar de Tomar. Até ao momento, não foram feitas mais detenções ligadas à morte do agente. 

A empresa concessionária da discoteca MOME decidiu apresentar uma queixa-crime no MP das imagens do incidente que foram captadas indevidamente e difundidas nos media, sem a necessária autorização.

Em comunicado, a Spring Prestige informa que teve "conhecimento da difusão de imagens captadas no interior [da discoteca] no momento em que estavam a ser gravadas para disco rígido e referentes à noite de 18 para 19 de março, que resultaram em trágicos desacatos, amplamente difundidos pela comunicação social".

"É hoje do conhecimento da empresa que as imagens difundidas foram captadas por um terceiro, através de telemóvel, sem autorização ou consentimento, sendo posteriormente difundidas pelos vários órgãos de comunicação social, nomeadamente pelas televisões", indica a empresa, adiantando que apresentou hoje queixa-crime no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

A empresa considera que as imagens captadas "são ilegais", pedindo aos media que "se abstenham de as difundir".

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