Dois militares da GNR agredidos por quatro homens em Cuba

“Cada vez que um elemento policial é agredido é Portugal que é agredido, é o Estado de Direito que é agredido”, diz coordenador da Associação de Profissionais da Guarda.

Dois militares da GNR agredidos por quatro homens em Cuba

Dois militares da Guarda Nacional Repúblicana (GNR) foram ao final da tarde de ontem, segunda-feira, dia 28, agredidos por quatro homens em Cuba, no distrito de Beja. A informação foi adiantada por uma fonte policial, que acrescentou ainda que os suspeitos das agressões, com idades compreendidas entre os 19 e os 41 anos, foram detidos e serão presentes, na tarde desta terça-feira ao primeiro interrogatório no Tribunal Judicial de Cuba.

Os militares terão sofrido apenas "ferimentos ligeiros, pequenas escoriações", tendo depois sido transportados pelos Bombeiros Voluntários daquela vila para o hospital de Beja, onde recebram assistência e do qual já tiveram alta médica, explicou fonte do Comando Territorial de Beja da GNR.

A guarda terá recido na segunda-feira uma denuncia para quatro homens que se encontravam num veículo, em Cuba, sendo o condutor estaria alcoolizado. Segundo a mesma fonte da GNR, esta viatura foi depois "localizada e intercetada por dois militares de uma patrulha do Posto Territorial de Cuba da GNR, e, durante a abordagem, os quatro homens efetuaram agressões à patrulha".

Apesar de após a abordagem inicial da patrulha o condutor se mostrar colaborante, rapidamente ficou "exaltado", depois de ter visto o resultado do teste de alcoolemia, recusando ter uma taxa de álcool no sangue "elevada".

Segundo a GNR, "quando lhe foi pedido para fazer um segundo teste", para saber "o valor exato" da taxa de álcool no sangue, o condutor "resistiu". Foi aí que os ocupantes da viatura começaram agredir os militares, só parando quando chegaram reforços, tendo nessa altura sido detidos.

Entretanto, a Associação de Profissionais da Guarda (APG/GNR)  já se manifestou, dizendo que "este tipo de agressão, mais uma, é inaceitável e inqualificável e resultado da impunidade crescente, da falta de respeito pelas forças de segurança".

António Barreira, coordenador da zona sul da APG/GNR, afirmou ainda, em declarações à agência Lusa, que "cada vez que um elemento policial é agredido é Portugal que é agredido, é o Estado de Direito que é agredido".

O responsável apelou ao Presidente da república, ao primeiro-ministro e a "todos os deputados que irão hoje tomar posse na Assembleia da República" para que dissessem "ao país, de uma vez por todas, que tipo de forças de segurança querem no desempenho das suas funções para Portugal".

O coordenador da zona sula da APG/GNR disse que a associação emitiria um comunicado depois de serem conhecidas as medidas de coação que vierem a ser hoje aplicadas pelo Tribunal de Cuba.