Universidade do Porto recebeu quatro queixas de assédio sexual no último ano letivo

“No último ano letivo, a U.Porto registou quatro processos de inquérito relacionados com assédio sexual. Um deles foi arquivado e no outro houve desistência de queixa por parte do ofendido ainda durante o inquérito. Os outros dois processos encontram-se ainda a decorrer, pelo que os resultados dos mesmos não são ainda conhecidos”, explica a Universidade…

A Universidade do Porto registou, no último ano letivo, quatro casos de assédio sexual. A informação foi avançada pela Reitoria da instituição à agência Lusa.

Dpois de a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) ter aberto uma plataforma para receber denúncias de assédio e discriminação – tendo esta registado em apenas 11 dias, 50 queixas – a agência Lusa questionou a Universidade do Porto acerca do número de queixas relativas a assédios sexuais no último ano. A instituição afirmou que tinha registo de "quatro processos de inquérito relacionados com assédio sexual".

"No último ano letivo, a U.Porto registou quatro processos de inquérito relacionados com assédio sexual. Um deles foi arquivado e no outro houve desistência de queixa por parte do ofendido ainda durante o inquérito. Os outros dois processos encontram-se ainda a decorrer, pelo que os resultados dos mesmos não são ainda conhecidos", explica a Universidade do Porto. 

Em outubro de 2020, o grupo de estudantes universitários Quarentena Académica denunciou que estavam a decorrer atos de xenofobia e racismo por parte de alunos e professores das faculdades de Engernharia e Letras daquela instituição. Na altura, qiestionados pela Lusa sobre a situação, a Universidade avançou que a instituição só ponderava prosseguir com a "abertura de processos disciplinares", mas que, para isso , precisava da uma queixa formal das vítimas.

Ana Isabel Silva, dirigente da Quarentena Académica, declarou na altura que o movimento tinha recebido denúncias de estudantes estrangeiros, especialmente de nacionalidade brasileira, que estavam a ser alvo de "atos de xenofobia e de racismo" por outros estudantes e também por professores, designadamente da "Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP)".

Ana Isabel Silva afirmou ainda que, na altura, os próprios estudantes brasileiros da U.Porto atingidos pelos atos de xenofobia e racismo realizaram a denúncia junto da Reitoria da U.Porto.

A Quarentena Académica é um grupo de estudantes universitários, que foi contuído em março de 2020, na sequência do confinamento decretado devido à covid-19.