Militantes do PSD querem debate distrital sobre impugnação de diretas

Militantes apelaram às estruturas distritais e regionais que “ajudem a direção a propor novo calendário”.

Os militantes do PSD que pediram ao Conselho de Jurisdição Nacional a impugnação da marcação de diretas e Congresso querem que as estruturas distritais e regionais debatam o tema e “ajudem a direção a propor novo calendário”.

Numa carta aberta, cujo primeiro subscritor é o militante do PSD-Porto Davide Henrique Cruz que encabeçou a impugnação, propõem a discussão da proposta distrital, “para ajudar a direção nacional a propor um novo calendário eleitoral da eleição direta do presidente do partido e do Congresso, para eleição dos restantes órgãos, tendo em conta o calendário eleitoral dos próximos 4 ou 6 anos, com Congressos eletivos ordinários de 2 em 2 anos”.

O documento recorda as razões invocadas para pedir a nulidade da marcação das diretas e do Congresso durante o Conselho Nacional de 14 de março, em Ovar, apontando que “o Conselho Nacional apenas poderá fazer uso destas competências quando o mandato do Presidente e Comissão Política Nacional (CPN) tenham terminado ou tenham sido revogados”.

“A decisão da marcação das eleições diretas foi por isso irregular e imediatamente impugnada dentro do prazo previsto, por um grupo de militantes que quer ver a legalidade respeitada”, lê-se na carta aberta às bases do partido.

O pedido de impugnação seguiu para a Jurisdição a 22 de março, com o argumento de que a ausência de demissão do presidente Rui Rio ou de qualquer moção de censura à direção, impedia a marcação deste calendário.

“O futuro do PSD não pode ser tratado com ligeireza, nem com negligência, mesmo involuntária. O PSD tem de ser exemplar no cumprimento das normas e formalismos da vida democrática”, defendem os militantes, considerando que as deliberações do Conselho Nacional não estão de acordo com os estatutos do partido.