Hackers. “Um reivindicado ataque ao PCP é o quê?”, questiona António Filipe

O PCP foi o único partido português a não condenar claramente o ataque da Rússia à Ucrânia, foi também o único opor-se à declaração, por videoconferência, de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, na Assembleia da República.

Após o site do Partido Comunista Português ter tido “problemas de acesso”, António Filipe reagiu nas redes sociais: “Espero que os hackers divulguem os ‘segredos’ do PCP. Será uma oportunidade única para que as posições políticas do PCP divulgadas na comunicação social tal como são”.

Os sites foram atacados na sexta-feira e, na altura, o grupo de piratas informáticos, que não foi identificado, disse ter levado a cabo uma “operação pontual e cirúrgica” no site do partido comunista por ativistas pró-Ucrânia. “A Ucrânia está a sofrer. O povo ucraniano está a morrer. Na Ucrânia estão a ser praticados crimes de guerra. Um Estado de Direito não tolera o crime e a morte de pessoas inocentes (…) Que o desespero de uma nação massacrada vos pese na consciência. Reflitam, foi apenas um aviso. Não causamos danos. Da próxima vez iremos divulgar alguns dos vossos segredos”.

O PCP foi o único partido português a não condenar claramente o ataque da Rússia à Ucrânia, foi também o único opor-se à declaração, por videoconferência, de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, na Assembleia da República.

No fim da reunião, o partido explicou que “a realização de sessões com Chefes de Estado no Parlamento têm sido muito limitadas e na sequência de visitas institucionais a Portugal, o que não ocorre”. Além disso, os comunistas consideram que o Parlamento deve ter um papel de não contribuir para a escalada de guerra, para a confrontação e corrida ao armamento, deve ser o oposto”, acrescentando que “a proposta não vai ao encontro do objetivo de defender a paz”