BE quer dinheiros do PRR no mundo rural

“No PRR são 16 mil milhões, na PAC são 10 mil milhões. É muito dinheiro e não pode continuar a ser para rendas dos latifundiários”, disse Catarina Martins

A coordenadora do BE defendeu que o dinheiro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e da Política Agrícola Comum (PAC) deve ser investido na floresta e desenvolvimento rural e não pode continuar a ser entregue aos latifundiários.

“No PRR são 16 mil milhões, na PAC são 10 mil milhões. É muito dinheiro e não pode continuar a ser para rendas dos latifundiários”, disse Catarina Martins.

A dirigente bloquista relembrou também que se encontra no Pinhal Interior, uma zona que foi palco, em 2017, "dos terríveis incêndios" e que "é bem o exemplo da falta de políticas" em Portugal.

"Lembro que depois dos incêndios de 2017, no parlamento, foi passada legislação e o BE empenhou-se muito nisso, para que houvesse investimento no território, numa nova floresta. Bem, houve observatórios sobre os incêndios, os cientistas deram as suas recomendações, mas depois das leis do parlamento e das recomendações dos cientistas ficou tudo na gaveta. O investimento nunca chegou", afirmou.

Catarina Martins referiu ainda que o governo chegou mesmo a criar uma empresa pública "que nunca fez absolutamente nada".

"Portanto, desde 2017 e até agora, mesmo depois de todas as promessas, mesmo depois do trabalho no parlamento por uma nova legislação, mesmo depois das recomendações dos cientistas, não aconteceu nada. E o território está ao abandono e um território em abandono é um território mais perigoso. A floresta e o território, nomeadamente no Pinhal Interior, está abandonado", concluiu.