OCDE. Economia europeia com sinais de abrandamento em março

OCDE baseia-se nos indicadores compósitos avançados.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) vê sinais de abrandamento da economia europeia em março com base nos indicadores compósitos avançados. São os primeiros a ter em conta os efeitos da guerra na Ucrânia, que será, aliás, uma das principais causadoras deste abrandamento. No entanto, fora do continente europeu, as outras grandes economias da OCDE parecem estar a crescer a um ritmo estável.

Segundo os dados da OCDE, no Reino Unido e no conjunto dos países da zona euro – nomeadamente grandes economias como Alemanha, França ou Itália – é antecipada “uma perda de dinamismo do crescimento, impulsionada pela contração dos indicadores de confiança dos consumidores e pelo aumento da inflação”.

Entre as principais economias da OCDE fora da Europa, os indicadores compósitos permanecem acima da tendência e continuam a sinalizar um crescimento estável nos Estados Unidos, Japão e Canadá.

Entre as principais economias de mercados emergentes, a China e a Índia continuam com um crescimento estável, enquanto o Brasil deverá contar com uma desaceleração do crescimento.

A OCDE explica ainda que estes indicadores compósitos visam antecipar flutuações na atividade económica nos próximos seis a nove meses com base numa série de indicadores como os indicadores de confiança, licenças de construção, taxas de juros de longo prazo, registos de carros novos, entre outros.

A OCDE destaca que “as incertezas contínuas relacionadas à covid-19 e à guerra na Ucrânia estão resultar em flutuações acima do normal nestes indicadores e nos seus componentes” e que, por isso, devem ser interpretados com cuidado.