Armas de guerra, não! Mulheres sem armas!

Nós mulheres e crianças, não somos armas de guerra, nem os homens carne para canhão de qualquer nacionalidade que esteja a combater por causa nenhuma em algum lugar!

Em todas as guerras travadas pelo homem, as mulheres e crianças são vistas mais uma vez como um objeto para obter um fim: fazer mal ao lado oposto que está a combater. São violadas, torturadas e deixadas para morrer. Em todas as guerras, são incontáveis esses números e andam livres os que dizem: «Estávamos em guerra.» 

Do Afeganistão, à República Democrática do Congo até à Ucrânia, as mulheres são violadas em massa, não por um bárbaro soldado, mas por os que lhes convierem assim o fazer, e despejadas como lixo, apenas podendo as ONG’s irem recolhendo testemunhos absolutamente chocantes, devastadores e trémulos do que lhes acabou de acontecer. Mais recentemente, de crianças que foram violadas na Ucrânia e estão grávidas dos seus violadores, a estes serem condecorados pelo presidente do país invasor, temos visto de tudo. 

Nada aqui se trata de geopolítica, mas de guerras feitas pelos homens, onde as mulheres e crianças e até homens que em nada decidem, são forçados a morrer pela ganância de apenas um homem (seja ele de que país for). Penso que estamos todas e todos atordoados pelas guerras em nosso redor, na Síria, Yémen, no Afeganistão e agora nas portas da Europa, onde todos os países vão ser afetados, economicamente, mas se forem cidadãs e cidadãos normais, psicologicamente pelo que se está a passar. Quando nos observamos ao espelho pensamos, será que posso fazer alguma coisa? Existe alguma maneira de ajudar? Quem é que sou eu? 

E são estas perguntas tão pertinentes que fazem a diferença, na cabeça de pessoas que pensam que isto, não faz diferença nenhuma. Basta utilizarem as mulheres e crianças (uma criança foi violada por um ‘soldado’ russo com apenas um ano e o mesmo publicou o vídeo na rede telegram) como armas das guerras sujas dos senhores que acham que os seus impérios não são suficientes! Basta de mandar os filhos de alguém para uma guerra que eles não pediram. Basta de matar crianças a troco de apertos de mão e política de fachada. Pode não interessar nada, mas interessa sempre alguma coisa, dialogar para depois agir. 

Seja qual for o grau da nossa ação, maior ou menor o que não podemos nunca é ficar caladas ou calados perante as atrocidades do mundo seja ele o nosso mundo, seja ele o mundo que nos engloba a todas e a todos! Nós mulheres e crianças, não somos armas de guerra nem os homens carne para canhão de qualquer nacionalidade que esteja a combater por causa nenhuma em algum lugar!