PSD propõe criar delegação de deputados para visitar Ucrânia

O partido entende que existe a necessidade de “continuar e aprofundar o apoio à causa ucraniana”.

O PSD propôs que se crie uma delegação de deputados da Assembleia da República para visitarem o Parlamento ucraniano a fim de “aprofundar o apoio” àquele país que está em guerra há mais de 60 dias.

Esta ideia surge depois da sessão solene realizada na quinta-feira com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, por videochamada. O partido entende que existe a necessidade de “continuar e aprofundar o apoio à causa ucraniana”.

"No sentido de demonstrar ao povo ucraniano que não está sozinho nesta luta pela independência e liberdade, pela democracia, por um Estado de direito e pela paz, apelamos a Vossa Excelência para que possa enveredar os seus mais diligentes esforços junto do Conselho Supremo da Ucrânia (Parlamento Ucraniano — Verkhovna Rada) para que uma delegação de deputados desta Comissão possa realizar uma missão parlamentar com os seus congéneres ucranianos", indica a proposta apresentada ao presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, Sérgio Sousa Pinto, assinada pelos deputados Ricardo Baptista Leite, Tiago Moreira de Sá e Pedro Roque.

Os deputados sociais-democratas citaram no seu texto o deputado do Parlamento Europeu Guy Verhofstadt, que disse que “a capital da Europa é Kiev”, e para justificar a sua proposta elencam as várias altas figuras de Estado de outros países que visitaram a Ucrânia.

"Já vários primeiros-ministros de países europeus, representantes da União Europeia — como a Presidente da Comissão Europeia, o Presidente do Parlamento Europeu e o Presidente do Conselho Europeu — e várias delegações de eurodeputados passaram pelo Parlamento ucraniano, vindos da Bélgica, Espanha e Lituânia e Roménia, para nomear os mais recentes, para expressar solidariedade à Ucrânia face à invasão e agressão da Federação Russa", apontam.

Na passada quinta-feira, Zelensky pediu ao Parlamento português mais armamento pesado, reforço das sanções à Rússia e que Portugal apoie a Ucrânia no processo de adesão à União Europeia, utilizando ainda a sua influência nos países de língua portuguesa para estes estarem do lado dos ucranianos.

No final da sessão solene, o PSD pediu ao Governo para responder ao apelo de Zelensky, sublinhando que agora “é preciso passar das palavras aos atos”.

"O Governo português deve sem hesitação promover todo o apoio diplomático e militar ao alcance de Portugal às vítimas desta invasão", afirmou o líder parlamentar do PSD, Paulo Mota Pinto, após o evento.