Joe Biden usa pela primeira vez poder de clemência

Abraham Bolden, de 86 anos, é um dos amnistiados e é um ex-membro dos serviços secretos, a agência norte-americana de proteção às personalidades do Estado, tendo sido o primeiro afro-americano a proteger um Presidente, durante o mandato de John F. Kennedy (1961-1963).

Joe Biden usa pela primeira vez poder de clemência

Joe Biden, presidente norte-americano, fez esta terça-feira, pela primeira vez, uso dos seus poderes de clemência e anunciou a comutação das sentenças de 75 pessoas, concedendo inclusive três indultos. 

Em comunicado, Biden afirma que "os Estados Unidos da América são a nação das leis e das segundas oportunidades, da redenção e da reabilitação", destinando-se estes indultos "às pessoas que demonstraram o seu compromisso com a reabilitação e que se esforçam todos os dias para retribuir e contribuir" para a sociedade.

Abraham Bolden, de 86 anos, é um dos amnistiados e é um ex-membro dos serviços secretos, a agência norte-americana de proteção às personalidades do Estado, tendo sido o primeiro afro-americano a proteger um Presidente, durante o mandato de John F. Kennedy (1961-1963).

Apesar disso, Bolden acabou por ser acusado de tentar vender uma cópia de um arquivo da agência e foi condenado após dois julgamentos. A Casa Branca, diz, contudo, que as suas principais testemunhas admitiram mais tarde que era mentira. 

O amnistiado terá mantido sempre a sua inocência e terá inclusive afirmado que foi alvo, de "retaliação por expor um comportamento não profissional e racista dentro dos serviços secretos dos EUA", adianta a Casa Branca. 

Após a sua libertação da prisão, Abraham Bolden recebeu vários prémios pelo seu ativismo e pelas suas contribuições à sociedade.

As restantes aministias dizem respeito a um homem e a uma mulher, ambos condenados por crimes relacionados com drogas. 

As 75 comutações de penas foram, segundo Biden, "a cumprir longas sentenças por crimes não violentos relacionados com drogas – muitos dos quais teriam recebido sentenças mais baixas se acusados dos mesmos crimes hoje".