João Leão apontado por Portugal como candidato para o cargo de diretor executivo do MEE

Além de João Leão, para este cargo também concorrem o ex-ministro das Finanças luxemburguês Pierre Gramegna, o antigo chefe de gabinete do comissário europeu da Economia Marco Buti e o antigo secretário de Estado das Finanças da Holanda Menno Snel.

João Leão, ex-ministro das Finanças, é um dos nomes apontados para o cargo de diretor executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), instituição financeira que tem como objetivo controlar a estabilidade da zona euro.

"A 17 de março, convidei os Estados-membros da zona euro a apresentarem candidatos para sucederem a Klaus Regling, cujo mandato como diretor executivo do MEE terminará a 07 de outubro de 2022. O convite à apresentação de candidatos terminou hoje e recebi as seguintes nomeações: Itália propôs Marco Buti, o Luxemburgo propôs Pierre Gramegna, a Holanda propôs Menno Snel e Portugal propôs João Leão", anunciou, esta segunda-feira, Paschal Donohoe, presidente do Eurogrupo.

Agora as candidaturas foram discutidas na próxima reunião do Eurogrupo, 23 de maio, indicou Paschal Donohoe em comunicado.

Além de João Leão, para este cargo também concorrem o ex-ministro das Finanças luxemburguês Pierre Gramegna, o antigo chefe de gabinete do comissário europeu da Economia Marco Buti e o antigo secretário de Estado das Finanças da Holanda Menno Snel.

Um destes nomes irá substituir o alemão Klaus Regling, que é diretor executivo do MEE desde a sua criação, em 2012.

Segundo uma fonte ligada ao processo indicou à agência Lusa, um dos pontos fortes apontados por Portugal para a candidatura de João Leão foi o currículo do ex-governante: um doutoramento pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA.

De acordo com a mesma fonte, outro dos aspetos realçados foi a experiência de João Leão, sobretudo a nível governamental, tanto na função de ministro como na de Secretário de estado do orçamento, e ainda pelo facto de ter feito parte da equipa de economistas que desenhou a política económica do governo em 2015.

Para o governo português, João Leão é ideal para este cargo, uma vez que cumpriu os objetivos orçamentais do ano passado: obteve um défice abaixo dos 3% e alcançou a maior redução da dívida pública de sempre em percentagem do PIB, acrescentou a mesma fonte.

Note-se que cada mandato de liderança do MEE tem uma duração de cinco anos só pode ser renovado uma vez.

Será o Conselho de governadores do MEE – órgão máximo de tomada de decisões desta instituição, composto por representantes governamentais de cada um dos 19 acionistas -, que irá votar no nome para o próximo diretor executivo na reunião anual, marcada para o dia 16 de junho.

A votação será feita por maioria qualificada, ou seja, 80% dos votos expressos, sendo que os direitos de voto são iguais ao número de ações atribuídas a cada país membro do MEE no capital social autorizado.

Portugal está representado pelo atual ministro das Finanças, Fernando Medina.