Comissão parlamentar para apurar casos de espionagem foi chumbada, mas Sánchez será ouvido

A criação da comissão foi rejeitada com os votos do Partido Socialista (PSOE), PP, Vox (extrema-direita) e Cidadãos (direita-liberal).

O Partido Popular (PP), aprovou, esta terça-feira, com o apoio dos partidos nacionalistas e independentistas bascos e catalães, no Congresso dos Deputados, a audiência de Pedro Sánchez em reunião plenária, para dar explicações sobre a alegada espionagem a políticos, através do programa Pegasus, mesmo tendo sido chumbada a criação de uma comissão de investigação parlamentar para estudar o caso. 

A criação da comissão foi rejeitada com os votos do PSOE, PP, Vox e Cidadãos.

Há duas semanas que o movimento a favor da independência da Catalunha pede a demissão da ministra da Defesa, Margarida Robles, considerando que é a principal responsável pela possível espionagem de dezenas dos seus líderes, através da instalação do Pegasus nos respetivos telemóveis, denunciada no relatório do grupo Citizens Lab, relacionado com a Universidade de Toronto (Canadá). 

Pelo menos 65 ativistas catalães, segundo diz o mesmo documento, foram espiados entre 2017 e 2020, nos quais se incluem Pere Aragonês, atual presidente regional catalão e vice-presidente na altura, e os os antigos presidentes regionais Quim Torra e Artur Mas. Somam-se ainda deputados europeus, regionais e membros de organizações cívicas que apoiam a independência da região.