Embargo aos combustíveis russos? Costa diz que “não pode ser um concurso de popularidade” junto à Ucrânia

A posição foi transmitida numa conferência de imprensa, em São Bento, depois de o primeiro-ministro ter reunido através de uma videoconferência com o seu homólogo ucraniano, tendo o encontro durado cerca de uma hora. 

António Costa disse esta quarta-feira recusar "concursos de popularidade" em relação às sanções a aplicar à Rússia no que toca à importação de combustíveis, advertindo que o pior para a Ucrânia seria a existência de divisões dentro da União Europeia (UE). 

A posição foi transmitida numa conferência de imprensa, em São Bento, depois de o primeiro-ministro ter reunido através de uma videoconferência com o seu homólogo ucraniano, tendo o encontro durado cerca de uma hora. 

Questionado acerca da razão que leva Portugal a não pressionar a UE para a adoção do embargo total às importações de gás russo, Costa recusou essa opção, afirmando que "na União Europeia, devemos procurar as posições comuns entre todos e que não gerem a divisão entre todos", mas referindo, contudo que, até seria fácil para Portugal "pôr-se na linha da frente e, de forma muito vocal", apoiar o embargo total imediato das importações de gás proveniente da Rússia.

"Mas convém compreender que há outros parceiros nossos na União Europeia que não estão na mesma situação. Isto não pode ser um concurso de popularidade junto da Ucrânia, mas um exercício de responsabilidade no seio da União Europeia", considerou. 

"Todos os países da União Europeia, mesmo os que têm maior grau de dependência face à Rússia, estão a fazer um grande esforço de reduzirem o respetivo grau de dependência até ao próximo inverno", concluiu o chefe do Governo português.