Governo equaciona administração da quarta dose da vacina contra a covid-19 para maiores de 60 anos

Até à data, a governante recordou que os “casos de risco já estão a ser vacinados com a segunda dose de reforço, por indicação médica”, nomeadamente as pessoas com “patologias específicas” ou “com a sua capacidade imunitária especialmente fragilizada”.

Governo equaciona administração da quarta dose da vacina contra a covid-19 para maiores de 60 anos

O Governo está a equacionar a administração da quarta dose da vacina contra a covid-19 para as pessoas entre 60 e 80 anos, anunciou, esta quinta-feira, a ministra da Saúde, Marta Temido. No entanto, não está prevista para os menores de 60 anos.

"O que é que está em dúvida? Se vai haver vacinação de reforço para o grupo etário entre os 60 e os 80 anos. A evidência de que dispomos não é ainda conclusiva. O que é que neste momento não está em cima da mesa? A vacinação abaixo dos 60 anos", notou Marta Temido numa conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.

De acordo com a ministra, a única indicação, até ao momento, é de que a vacinação com a segunda dose de reforço "só será feita a quem tenha mais de 80 anos", dado que esta é a "recomendação da Agência Europeia do Medicamento".

Até à data, a governante recordou que os "casos de risco já estão a ser vacinados com a segunda dose de reforço, por indicação médica", nomeadamente as pessoas com "patologias específicas" ou "com a sua capacidade imunitária especialmente fragilizada".

Questionada pelos jornalistas se o Governo está a prever uma dose de reforço para as crianças, Temido indicou que a recomendação do executivo sobre esta matéria "será sempre técnica, como tem sido", porém, fez questão de sublinhar que, até ao momento, não tem "nenhuma nota de que haja alteração daquilo que são as recomendações anteriores".

Quanto à administração da dose de reforço para os maiores de 80 anos, que deverá ocorrer antes do outono/inverno, Marta Temido sublinhou que se trata de um "calendário ótimo", uma vez que a "situação epidemiológica está relativamente controlada, a proteção vacinal é sobretudo contra doença grave e óbito e não contra doença ligeira ou transmissão".

No entanto, Marta Temido não descartou a possibilidade de que essa data possa ser antecipada, ao dizer que o Governo está "hoje, como em momentos anteriores da pandemia": em "alerta, atento e permanentemente preparado para poder fazer adaptações" em consonância com "alterações da situação epidemiológica, dos pareceres, da evidência que vai surgindo".

"Este é o calendário, estes são os factos que temos, neste momento é o que temos em cima da mesa. O que não posso garantir é que não haja uma alteração de circunstâncias que leve a uma reponderação técnica. Em termos de meios, estamos preparados", frisou a governante.