Defesa. Ministra recusa serviço militar obrigatório

Apesar da crescente aposta na Defesa devido à guerra na Ucrânia, o objetivo é continuar a apostar na profissionalização das Forças Armadas.

Mesmo perante o crescente investimento nas Forças Armadas devido à guerra na Ucrânia, não faz sentido ponderar em impor de novo o serviço militar obrigatório em Portugal, assegurou a ministra da Defesa Nacional. Helena Carreiras pretende continuar a apostar na profissionalização das forças armadas, considerando que o serviço militar obrigatório “não corresponde às necessidades estratégicas”.

“Considero, consideramos no Governo, que não é oportuno, que não tem sentido, reinstituir um serviço militar obrigatório”, frisou a ministra da Defesa Nacional, esta segunda-feira, citada pela Lusa. “Nós precisamos de militares qualificados, militares que possam contribuir para a natureza das missões reais das Forças Armadas, que exigem esse tipo de tecnicidade.  

Aliás, a expectativa é que, devido à instabilidade geopolítica e às tensões com a Rússia, haja cada vez mais missões NATO, que requerem elevadas qualificações, mais que grandes efetivos. “O orçamento para 2022 responde já, de forma direta, a este contexto de guerra”, explicou Helena Carreiras. “Prevendo a cobertura orçamental do esforço que poderá ser pedido ao nosso país para cumprir os compromissos perante a NATO, a União Europeia e o apoio que decidimos prestar à Ucrânia”. 

Aliás, o orçamento de Estado de 2022 contempla 73 milhões de euros para as Forças Nacionais Destacadas, ou seja, cumprindo compromissos internacionais. São mais dois milhões de euros do que no ano anterior, salientou a ministra.