Costa Silva: Qualquer erro com a inflação “pode ter consequências dramáticas”

Alerta é do ministro da Economia, António Costa Silva, que esteve a ser ouvido no Parlamento ou falou também da Efacec e do Banco de Fomento.

“A inflação é das variáveis económicas mais complexas e mais difíceis com que temos de lidar. […] Qualquer erro pode ter consequências dramáticas, como aconteceu no passado”. O alerta foi dado esta quinta-feira pelo ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva que defendeu ainda que, num contexto de inflação alta, é necessário procurar o equilíbrio entre as políticas monetária e orçamental.

Na Assembleia da República, onde esteve a ser ouvido no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2022, o governante disse ainda que esta é “uma inflação importada” visto que está maioritariamente relacionada com o aumento dos custos de energia e de bens alimentares.

Apesar “das grandes dificuldades”, disse, “há sinais que dão esperança”, destacando o crescimento do turismo.
Na mesma audição, Costa Silva disse esperar que a venda da Efacec esteja completa até ao final de junho. “A negociação com a DST está a decorrer. O contrato inicial foi corrigido, foi renegociado. Pensamos que até ao fim de junho vamos ter o prazo para completar todo o processo”, disse o ministro da Economia.

Frisando que a Efacec é “uma das nossas grandes empresas tecnológicas”, Costa Silva informou que “quando se fechar este ciclo, portanto, daqui a alguns meses, vamos ter a reestruturação de capitais próprios da empresa, o que incluirá uma capitalização pré-fecho. Essa capitalização pré-fecho vai ser decidida por uma auditoria independente. Esperamos que depois da sua capitalização pré-fecho, a Efacec assuma o seu compromisso de injetar na empresa os 81 milhões de euros, que permitirá depois também a libertação das garantias públicas que foram prestadas”.

E falou também sobre a escolha do chairman do Banco de Fomento o que defende ser uma “questão vital”. questão do ‘chairman’ para mim é questão vital. “Temos de ter uma pessoa com perfil adequado e tenha visão estratégica. Espero anunciar em breve essa medida e quando isso acontecer penso que ultrapassaremos um obstáculo”, disse, anunciando também que o Governo está a discutir libertar as restrições impostas à contratação.