João Gomes Cravinho quer Finlândia e Suécia como “membros plenos” da NATO

Na ótica do ministro português dos Negócios Estrangeiros, a entrada dos dois países é entendida como um “passo natural” na “nova ordem de segurança na Europa”.

O ministro português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, deseja que, até final do ano, Finlândia e Suécia sejam “membros de pleno direito” da NATO e considera que não haverá “dificuldades de maior” num caminho que é um “passo natural” para a segurança europeia.

"Gostaria de pensar que, até final do ano, isto seja possível, que [a Finlândia e a Suécia] sejam membros de pleno direito [da NATO], mas vai depender dos outros 29 membros além de Portugal", declarou João Gomes Cravinho, após a reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Transatlântica, em Berlim, na Alemanha.

Na ótica de Gomes Cravinho, a entrada dos dois países é entendida como um “passo natural” na “nova ordem de segurança na Europa”.

Interrogado sobre os países mais céticos, como a Turquia, quanto ao alargamento da NATO, o governante português apontou que “nunca se pode esperar homogeneidade” num grupo de “30 países soberanos”. Ainda assim, não prevê "dificuldades de maior" e acredita que as dúvidas turcas "possam ser resolvidas no diálogo coletivo".

Depois de ter estado reunido com o seu homólogo finlandês, em Helsínquia, para debater a adesão finlandesa à NATO, João Gomes Cravinho participa hoje e amanhã na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Atlântica, com o objetivo de coordenar a resposta à guerra na Ucrânia e debater a eventual entrada da Finlândia e Suécia.

Ambos os países precisam do aval dos 30 membros da NATO para aderir à aliança.

Antes do encontro, Recep Tayyip Erdogan, Presidente da Turquia, mostrou-se contra a entrada dos dois países em questão para a NATO, visto que acolhem militantes curdos – uma comunidade que a Turquia considera como terrorista.

Erdogan foi a primeira voz dos 30 membros a mostrar uma posição desfavorável e poderá impedir a adesão dos dois países escandinavos, uma vez que a entrada de um novo membro requer unanimidade.

Contudo, hoje o porta-voz do presidente turco veio garantiu que a Turquia “não fecha as portas” à entrada destes dois países.

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