Marco ‘Orelhas’ apresenta-se por iniciativa própria na PJ e é constituído arguido

‘Número dois’ da claque dos Superdragões saiu em liberdade após ter sido constituído arguido por ofensas à integridade física numa rixa anterior à morte de Igor Silva.

Marco 'Orelhas' entregou-se à Polícia Judiciária do Porto, esta segunda-feira de manhã, depois da imprensa nos últimos dias o dar como um dos envolvidos na morte do adepto do FC Porto Igor Silva nos festejos do título.

O número dois da claque dos Superdragões acabou por ser constituído arguido, por ofensas à integridade física durante uma rixa num momento anterior às agressões que terão levado à morte de Igor Silva. 

Marco 'Orelhas' saiu em liberdade depois de ter sido constituído arguido, por suspeita de ofensas corporais agravadas, que terão ocorrido numa rixa, num momento anterior ao do esfaqueamento do adepto Igor Silva.

Na origem da sua apresentação junto das autoridades estará também o desejo de acalmar os ânimos, depois do tiroteio no bairro do Cerco no Porto.

Recorde-se que a ‘entrega’ daquele que é considerado o número dois da claque dos Superdragões surge pouco depois da prisão preventiva do seu filho Renato, que confessou ter esfaqueado o adepto durante os festejos do título do FC Porto.

Quezílias pessoais e não fanatismo clubístico levaram â morte de Igor Silva

Sublinhe-se que a PJ confirmou, ao Nascer do Sol, que a morte de Igor Silva terá sido fruto de um desentendimento entre o mesmo e a irmã do jovem de 19 anos que confessou tê-lo esfaqueado, as autoridades adiantaram ainda que a versão dos desentendimentos entre gangues e outros grupos deve ser descartada.

Assim, a morte do jovem terá sido motivada por quezílias pessoais e não por fanatismo clubístico.

Em declarações ao Nascer do SOL, fonte da Polícia Judiciária (PJ) garantiu que o desfecho trágico “nada tem a ver com gangues, mas pode vir a ter”, se a comunicação social continuar a insistir nesta ‘tecla’.

O que aconteceu, segundo a mesma fonte, foi fruto de uma briga entre Igor Silva e a irmã do jovem de 19 anos – empregado de limpeza sem antecedentes criminais –, filho de um dos membros mais influentes da claque portista Super Dragões e considerado o principal suspeito do homicídio.

Pouco depois da detenção do jovem, a PJ emitiu um comunicado onde esclarecia que o crime terá acontecido em “retaliação por uma sucessão de agressões que, desde janeiro deste ano, tinham ocorrido entre o arguido, familiares deste e a vítima”.

Após intervenção de alguns populares, que foram igualmente agredidos, a vítima afastou-se do local, mas foi novamente abordada pelo arguido, que, “munido de uma arma branca de dimensões significativas, a atingiu repetidamente e com extrema violência, provocando-lhe a morte”.

Além do suposto homicida, algumas versões sobre os acontecimentos indicavam que o pai deste, Marco ‘Orelhas’, era também suspeito das agressões fatais e que o seu paradeiro não era conhecido. No entanto, a PJ confirmou ao jornal que o membro dos Superdragões não era suspeito da morte de Igor Silva.

Recorde-se que hoje foi constituído arguido, mas apenas por ofensas à integridade física relativas a uma rixa anterior à que depois levou à morte do adepto, cujo suspeito principal é o seu filho.