Festas e festivais ameaçados

Com o aumento de casos de covid-19, há quem aponte o dedo à ausência de restrições em festas, festivais ou casamentos.

Festas e festivais ameaçados

O verão está à porta e com ele muitos casamentos que ficaram em atraso nos últimos anos – precisamente graças às limitações impostas pelo combate à covid-19 – bem como feiras medievais, festas locais e, acima de tudo, os festivais de verão, proibidos há praticamente três anos. 

Com o galopante aumento de casos de covid-19, no entanto, há quem já se questione se fará sentido continuar com a ausência de restrições a estes eventos, em que se aglomeram centenas e milhares pessoas sem qualquer tipo de medidas preventivas como o uso de máscara ou a obrigatoriedade de teste negativo.

Por outro lado, no entanto, prevalece a vontade de continuar sem receios.

João Carvalho, o homem por detrás do Festival de Paredes de Coura, vai direto ao assunto: «Não há nenhum sinal em relação a um eventual recuo nos festivais. Estamos parados há três anos. Aliás, nos Estados Unidos e em Inglaterra houve eventos em pleno covid, no ano passado. A economia tem de continuar. Os hotéis no Porto estão esgotados para o Primavera Sound… dinamizamos o comércio e a restauração, portanto não acredito que haja nenhum passo atrás».

Se é verdade que são muitos os casamentos que terminam com vários participantes infetados, também é verdade que essa situação parece, no entanto, não ser problema. Questionado pelo Nascer do SOL sobre o tipo de impacto que a pandemia está a ter no setor neste momento, Jorge Ferreira, diretor da BestEvents, desvaloriza: «Neste momento não está a ter impacto». Isto porque «os fornecedores estão com as agendas cheias». E acrescenta: «Entre alguns casamentos adiados dos anos anteriores e os novos casamentos, está tudo sobrelotado até finais de outubro». 

Mas, com o aumento do número de infeções por covid-19, o responsável admite que «poderão existir alguns problemas pontuais com pessoas que ficam positivas (desde a profissionais a convidados)». Ainda assim, Jorge Ferreira diz que «o setor vai continuar a trabalhar e, se for necessário, fazer algumas adaptações preventivas os profissionais deste setor já estão preparados para responder de uma forma eficaz.