OCDE. Crescimento do PIB “desacelera acentuadamente” no primeiro trimestre

Portugal e Áustria registaram os maiores aumentos do PIB face ao trimestre anterior.

Nos primeiros três meses deste ano, o produto interno bruto (PIB) da OCDE aumentou apenas 0,1% em relação ao trimestre anterior, de acordo com estimativas provisórias. Um valor que representa “uma forte desaceleração em comparação com o aumento de 1,2% no quarto trimestre de 2021”, revela a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Os dados mostram que, no G7, o crescimento trimestral do PIB ficou negativo no primeiro trimestre, caindo 0,1% em comparação com um aumento de 1,2% no quarto trimestre de 2021. E explica que “o resultado do G7 no primeiro trimestre de 2022 reflete o crescimento negativo do PIB nos Estados Unidos (-0,4%), Itália (-0,2%) e Japão (-0,2%), bem como crescimento zero na França e crescimento positivo mais fraco no Reino Unido (0,8%) e Canadá (1,4%) do que no trimestre anterior”.

Já a Alemanha foi o único país do G7 onde o ritmo de crescimento aumentou, com um crescimento do PIB de 0,2% no primeiro trimestre de 2022, em comparação com uma contração de 0,3% no trimestre anterior.

Entre outros países da OCDE para os quais existem dados disponíveis para o primeiro trimestre, Portugal e Áustria registaram os maiores aumentos do PIB face ao trimestre anterior (2,6% e 2,5% respetivamente), seguidos da Hungria e Letónia (2,1% em ambos os países). As diminuições foram registadas na Noruega (-1%), Chile (-0,8%), Costa Rica (-0,5%), Israel e Suécia (-0,4% em ambos os países) e Dinamarca (-0,1%).

Por sua vez, o Reino Unido ultrapassou o nível de PIB pré-pandemia pela primeira vez neste trimestre, em 0,7%. Nos Estados Unidos, França e Canadá, o PIB permaneceu maior do que antes da pandemia: estes países superaram os seus níveis de PIB do quarto trimestre de 2019 pela primeira vez no segundo, terceiro e quarto trimestres de 2021, respetivamente.

No entanto, na Alemanha, Itália e Japão, o PIB ainda estava abaixo dos níveis pré-pandemia (em 1%, 0,4% e 0,7%, respetivamente) no primeiro trimestre deste ano.