ADN desvincula-se do PDE/EDP devido a posições polémicas

O Partido Democrático Europeu (PDE/EDP), família política da qual faz parte o Alternativa Democrática Nacional (ADN, antigo Partido Democrático Republicano), não contará mais com a presença do ADN. Em questão, diz o líder do ADN ao i, estão as posições polémicas tomadas “principalmente sobre as denúncias que tenho feito acerca dos lóbis LGBT”.

O Partido Democrático Europeu (PDE/EDP), família política da qual faz parte o Alternativa Democrática Nacional (ADN, antigo Partido Democrático Republicano), não contará mais com a presença do ADN. Em questão, diz o líder do ADN ao i, estão as posições polémicas tomadas “principalmente sobre as denúncias que tenho feito acerca dos lóbis LGBT”.

“No passado dia 19 de maio, a Direção do Partido Democrático Europeu (PDE/EDP) contactou telefonicamente o partido ADN, informando que alguns dos partidos europeus que o integram tinham requerido a expulsão do partido português devido às reiteradas declarações públicas do seu presidente, Bruno Fialho, contra o lóbi LGBT e, também, porque nas últimas eleições legislativas opusemo-nos à narrativa única imposta pelos governos português, da União Europeia e até da OMS, relativamente às medidas restritivas dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e da vacinação contra a covid-19”, pode-se ler em nota informativa do partido, a que o i teve acesso.

“No dia seguinte foi solicitado, por escrito, esclarecimentos à Direcção do  PDE/EDP, tendo o presidente do ADN, Bruno Fialho, recebido um telefonema, nesse mesmo dia, de um dos membros da direção do partido europeu, o qual confirmou que, efectivamente, não desejavam continuar a ter naquela organização quem tivesse posições públicas contra o lóbi LGBT e à narrativa única da Covid-19”, continua a explicar em comunicado. Resultado? “Tendo em consideração a posição da direção do PDE/EDP, a Comissão Política do ADN reuniu e deliberou apresentar um pedido de desvinculação ao partido europeu, o que aconteceu hoje, dia 23, pois não aceitamos que uma organização política europeia tente impor quais as palavras ou que posições políticas podem ser publicamente apresentadas ou defendidas pelo partido ADN em Portugal”, revela o ADN.

O i contactou o PDE/EDP sobre a polémica, mas não obteve qualquer resposta até à hora de fecho desta edição.

O anúncio não surge, no entanto, sem uma ressalva do partido: “Para que não subsistam quaisquer dúvidas sobre o posicionamento do partido ADN em relação às pessoas LGBT, esclarecemos que as defendemos e somos contra qualquer tipo de discriminação que exista contra as mesmas.”

“É sempre difícil quando não fazemos parte do politicamente correcto ou quando defendemos uma verdade que poucos querem admitir. Por isso, acredito que o PDE/EDP tenha sofrido enormes pressões por parte do lóbi LGBT europeu para nos tentar silenciar, algo que não me surpreende pois é o seu modus operandis”, reagiu Bruno Fialho, que continuou: “O ADN defende integralmente[…] que ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual. Acontece que, hoje em dia, o lóbi LGBT, o qual diferencio de todas as pessoas que têm determinadas opções sexuais ou de outro cariz e que apenas querem viver o seu dia-a-dia normalmente em sociedade, já conseguiu que os seus militantes sejam das pessoas que têm mais direitos assegurados e acesso ao maior número de benefícios e privilégios possíveis, muitas vezes com prejuízo para pessoas que verdadeiramente necessitam de apoios”.