Bolsonaro pede ajuda a pastores para conquistar o voto envagélico

 “Essas pessoas que agora se apresentam como solução não respeitam a família, querem sexualizar as crianças, dizem que vão colocar os militares e os pastores em seus devidos lugares, dizem que o aborto é como arrancar um dente e querem calar [nossa] boca nas redes sociais”, disse, o Presidente do Brasil. 

Jair Bolsonaro apelou esta sexta-feira as bispos envagélicos que utilizem a sua palavra para alertar sobre os "valores cristãos" contra uma alegada ameaça da esquerda brasileira. 

"Vocês são importantes, a política faz parte da nossa vida e milhões de pessoas ouvem suas palavras", disse o líder do brasil, que pretende continuar no poder, a centenas de bispos reunidos numa convenção das Assembleias de Deus do Ministério Madureira, formadas por igrejas evangélicas que, note-se, nos últimos anos, aumentaram sua influência em todo o país. 

Mas as próximas presidenciais podem dar uma reviravolta. Apesar da expansão dessas igrejas, na quais Bolsonaro têm um apoio ainda consolidado, o ex-presidente Lula da Silva aparece com um apoio crescente entre os eleitores envangélicos. Uma sondagem divulgada na quinta-feira pelo Datafolha, Bolsonaro perdeu terreno e conta com 39% de apoio entre os evangélicos, enquanto que Lula da Silva soma 36%.

Assim, o Presidente do Brasil exortou aos pastores que defendam os "valores cristãos": "Essas pessoas que agora se apresentam como solução não respeitam a família, querem sexualizar as crianças, dizem que vão colocar os militares e os pastores em seus devidos lugares, dizem que o aborto é como arrancar um dente e querem calar [nossa] boca nas redes sociais", disse.

"Sempre espero coragem, sabedoria e força de Deus", acrescentou Bolsonaro aos pastores, pedindo que usem da palavra para alertar "onde o Brasil pode chegar" em caso de vitória de Lula da Silva nas próximas presidenciais brasileiras, que é o principal líder do Partido dos Trabalhadores (PT).

Já Lula da Silva disse, através do Twitter, que não irá misturar política com religião. "Não vou misturar religião com política. Cada um segue a fé que quiser. O governante não tem que se meter nisso, nem ficar usando padre ou pastor. O governante tem que deixar as pessoas cuidarem da sua fé com paz e respeito, sem usar o nome de Deus em vão", escreveu.