Zelensky agradece Polónia pelo “apoio na defesa sem precedentes”

Para o chefe de Estado ucraniano, a Polónia é um “apoio na defesa sem precedentes” e tem recebido os ucranianos de forma “calorosa e humana”.

Zelensky agradece Polónia pelo “apoio na defesa sem precedentes”

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu, esta quarta-feira, o papel da Polónia no apoio militar e no acolhimento aos cidadãos ucranianos que se viram obrigados a abandonar o seu país devido à invasão russa.

Para o chefe de Estado ucraniano, a Polónia é um “apoio na defesa sem precedentes” e tem recebido os ucranianos de forma “calorosa e humana”.

"As nossas relações progrediram, através da guerra da Rússia contra a Ucrânia, de relações calorosas e de boa-vizinhança para outro nível de laços fortes e históricos", apontou Zelensky numa conferência de imprensa, após um encontro com o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, e o vice-primeiro-ministro, Jaroslaw Kaczynski.

No início da ofensiva militar russa, a 24 de fevereiro, a Polónia foi dos primeiros países a aceitar e ajudar quem foi obrigado a fugir da Ucrânia. De acordo com os recentes dados da ONU, mais de 6,8 milhões de ucranianos saíram para países vizinhos, dos quais mais de 3,6 milhões foram para a Polónia, sendo então o país que mais acolhe ucranianos.

Estes números transparecem na forma como o primeiro-ministro polaco está a liderar o apoio à Ucrânia. Mateusz Morawiecki adiantou que o seu país está a melhorar as suas infraestruturas de transporte para facilitar a exportação de cereais e outros produtos importantes para a devastada Ucrânia. Esta expansão, segundo o líder do governo polaco, está a ser subsidiada com fundos da União Europeia.

Os cereais ucranianos são vitais para que países do Norte de África e do Médio Oriente não atravessem por graves problemas de escassez alimentar, porém a Polónia – ponto geográfico essencial para mover exportações da Ucrânia, está com dificuldades em escoar as mercadorias, devido aos engarrafamentos nas fronteiras, entre outras razões.

Mateusz Morawiecki também se referiu à cidade ucraniana de Borodyanka, próxima de Kiev, atingida por bombardeamentos russos, onde esteve presente para inaugurar casas-contentores, fornecidas pela Polónia, para pessoas que ficaram desalojadas devido aos combates.

Os líderes dos países também discutiram a ajuda necessária para a reconstrução da Ucrânia depois da guerra, bem como uma cooperação mais forte nas áreas da defesa, segurança e infraestruturas.

Os futuros acordos irão, "por um lado, ajudar a Ucrânia e, por outro lado, darão um impulso económico à Polónia", sublinhou Morawiecki.

Segundo a ONU, hoje confirmou-se a morte de 4.149 civis e 4.945 feridos na guerra, que entrou no 98.º dia. Estes dados podem ser bastante superiores e só serão conhecidos quando cidades cercadas ou zonas até agora sob intensos combates ficarem livres.