Bruxelas avança com sexto pacote de sanções contra Rússia e Bielorrússia não escapa

A União Europeia vai incluir mais 65 indivíduos e 18 entidades russas à lista de sancionados. 

Bruxelas avança com sexto pacote de sanções contra Rússia e Bielorrússia não escapa

No dia em que se regista o 100.º dia da invasão russa da Ucrânia, o Conselho da União Europeia (UE) formalizou o sexto pacote de sanções a Rússia e também vai impor novas sanções à Bielorrússia.

De acordo com um comunicado do Conselho, a UE vai incluir mais 65 indivíduos e 18 entidades russas à lista de sancionados em resposta à “contínua agressão militar injustificada e não provocada da Rússia contra a Ucrânia e outras ações que minam ou ameaçam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia".

Note-se que o nome do chefe da igreja ortodoxa russa, Cirilo, estava inserido na lista, mas a Hungria exigiu a sua retirada como condição para avançar com o pacote de sanções do bloco comunitário.

No total, na lista da UE estão já 1.158 indivíduos e 98 entidades, sujeitos a congelamento de bens e, no caso das pessoas, interditos de entrar no espaço comunitário, sendo ainda proibida a disponibilização de fundos aos sancionados.

Quanto à Bielorrússia, o Conselho decidiu impor sanções a mais 12 indivíduos e oito entidades por violação dos direitos humanos e contínua repressão interna, acrescendo às já adotadas pelo envolvimento de Minsk na guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Através deste pacote de sanções, a Rússia, segundo a Comissão Europeia, ficará até ao final do ano com 90% das exportações de petróleo para UE interrompidas, como forma de impedir o financiamento russo para a guerra.

Para se alinhar com os restantes países do bloco, o Presidente húngaro, Viktor Orbán, conseguiu um acordo para obter uma exceção ao embargo, uma vez que o seu país é dependente deste combustível russo. A Hungria poderá continuar a importar por via de oleoduto, sem que haja um prazo fixado para o final desta exceção.

As sanções também implicam a desconexão do maior banco da Rússia, o Sberbank, do sistema global de pagamentos SWIFT e a proibição do seguro para o envio de petróleo russo para países terceiros.