Poucos dias depois da inauguração do Museu do Tesouro Real, em Lisboa – que guarda uma das mais importantes coleções mundiais de joias e ourivesaria da Monarquia –, o clima devia ser de festa no Palácio Nacional da Ajuda (depois de 226 anos em que a ala poente do espaço permaneceu inacabada). Contudo, ao que parece, a realidade não tem sido essa.
Pelo contrário: silêncio, corredores vazios e algumas salas fechadas. Segundo apurou o Nascer do SOL, na passada quarta-feira, por exemplo, um grupo de estudantes das ilhas foi impedido de visitar as salas do andar nobre do Palácio com a justificação de que, neste momento, não «existem funcionários suficientes para assegurar o funcionamento normal do monumento nacional».
Com efeito, e apesar de estarmos na época alta de turismo em Lisboa (com os feriados da cidade), o Palácio tinha apenas seis funcionários para assegurar a vigilância de todas as salas – encontrando-se vários em falta, «quer por se encontrarem em assistência à família, de baixa, ou em férias». Mesmo assim, quem quiser visitar o Palácio, tem de pagar o bilhete da visita por inteiro.
Contactado pelo Nascer do SOL, o Palácio da Ajuda não respondeu, justificando que revelou que também o seu diretor, José Alberto Correia, «se encontra de férias» e, por isso, «não pode prestar declarações».