Ericsson investigada devido a escândalo de corrupção no Iraque

Tecnológica pagou ao Daesh para obter acesso a rotas de transporte no Iraque.

A Ericsson confirmou, na quinta-feira, que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) abriu uma investigação sobre a forma como a gigante de telecomunicações lidou com o escândalo de corrupção no Iraque.

A SEC “abriu uma investigação sobre os assuntos descritos no relatório de investigação da empresa sobre Iraque, de 2019”, lê-se no relatório da empresa sueca, que deixou também a garantia de estar a “cooperar totalmente” com aquela autoridade norte-americana. Sublinhou ainda que “é muito cedo para determinar ou prever o resultado”.

Recorde-se que a Ericsson anunciou, em fevereiro, que uma investigação interna tinha descoberto que a empresa teria feito pagamentos ao Daesh, no Iraque, para obter acesso a rotas de transporte. Uma “má conduta” que "começou pelo menos em 2011".

Na sequência da descoberta, o Departamento de Justiça dos EUA disse, em março, que a Ericsson não fez as divulgações adequadas sobre as operações no Iraque e está também a investigar o caso.

A empresa pode enfrentar multas entre os 100 e os 300 milhões de dólares quando terminarem as investigações, segundo analistas citados pela Bloomberg. Mas o prejuízo para a Ericsson não se reduz ao valor das eventuais multas.

O escândalo de corrupção tem também um impacto negativo no mercado, onde tem sido possível verificar a queda das ações.