Atividade turística. Níveis de 2019 foram ultrapassados pela primeira vez

“É a primeira vez, desde o início da pandemia, que se registam crescimentos face ao período homólogo anterior à pandemia”, diz o INE.

O setor do alojamento turístico registou 2,4 milhões de hóspedes e 6 milhões de dormidas em abril deste ano, valores que correspondem a disparos de 424,6% e 548,4%, respetivamente. Os dados, avançados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram ainda que, face a abril de 2019, registaram-se crescimentos de 1,6% e 1,1%, respetivamente. Assim, não há dúvidas: “É a primeira vez, desde o início da pandemia, que se registam crescimentos face ao período homólogo anterior à pandemia”.

O gabinete de estatística revela ainda que, nesse mês, o mercado interno contribuiu com 1,9 milhões de dormidas e os mercados externos com 4,1 milhões, “o maior valor desde o início a pandemia”. Face a abril de 2019, o mercado interno cresceu 15% e os mercados externos diminuíram 4,4%.

Já os proveitos totais atingiram 389,2 milhões de euros e cresceram 726,2% e os proveitos de aposento corresponderam a 291 milhões de euros (+728,5%). Comparando com abril de 2019, registaram-se aumentos de 16,2% e 16,8%, respetivamente.

O INE acrescenta que o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 51,6 euros em abril e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 92,2 euros. Em relação a abril de 2019, quer o RevPAR quer o ADR aumentaram 13,3%.

Fazendo as contas aos primeiros quatro meses do ano, as dormidas aumentaram 449,2% (+181,0% nos residentes e +1022,1% nos não residentes), mas continuam abaixo (-11,9%) dos níveis do mesmo período de 2019, “como consequência da diminuição dos não residentes (-18,4%), tendo as dormidas de residentes aumentado 3,4%”.

Por sua vez, os proveitos acumulados de janeiro a abril de 2022 cresceram 607,4% no total e 591,2% nos relativos a aposento.

Ainda neste primeiro quadrimestre, considerando a generalidade dos meios de alojamento, registaram-se 6,4 milhões de hóspedes e 16,1 milhões de dormidas, o que corresponde a subidas de 376,8% e 395,4%, respetivamente.