Governo não tem registo de combatentes portugueses mortos na Ucrânia

Portugal reconhece ter conhecimento de sete cidadãos nacionais que foram para a Ucrânia como combatentes voluntários, mas não tem informação de qualquer morte.

O Governo português já reagiu à informação avançada, esta sexta-feira, pelo Kremlin que reivindicava a morte de 19 combatentes portugueses em território ucraniano.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros reconhece que há registo de voluntários portugueses a combater pela Ucrânia, mas os números destoam completamente daqueles que foram apresentados por Moscovo, além de não terem registo de nenhum óbito.

"Há registo de sete cidadãos nacionais que contactaram os serviços do Ministério dos Negócios Estrangeiros informando da sua deslocação para a Ucrânia a título de 'combatente voluntário'. Não há registo de mortes", disse, à agência Lusa, fonte da tutela.

Recorde-se que o ministério da Defessa da Rússia reivindicou hoje a morte de 19 portugueses, que combatiam pela Ucrânia.

A nota do Kremlin, publicada no site do ministério, indicava, que desde o início da invasão militar, a Ucrânia já recebeu, provenientes de 64 países, sete mil combatentes estrangeiros, incluindo 103 eram portugueses, dos quais 19 foram mortos, 16 deixaram o país e 68 continuam no território.

O ministério liderado por João Gomes Cravinho recomendou, também hoje, que "dada a situação vivida naquele país, deverá ser evitado qualquer tipo de deslocação para a Ucrânia", acrescentando que "os cidadãos que por qualquer motivo tenham, ainda assim, de o fazer deverão sinalizar a deslocação junto do Gabinete de Emergência Consular".