Temer o candidato que podia ser e não é

A última de Lula da Silva é louvar o sucesso da China atribuindo ao partido forte o progresso económico do país

Nessa busca de uma alternativa à polarização Lula- Bolsonaro, havia um nome natural que seria Michel Temer, que completou com sucesso o mandato da Presidente Dilma. Homem preparado e equilibrado, teve sucesso na economia e conseguiu algumas reformas importantes, como a laboral, sem a qual os empregos não estariam voltando como estão.

Ocorre que o político, que foi controvertido no passado, aos 75 anos, resolveu aproveitar que o destino o levou à Presidência da República e governar sem interesses pessoais antigos. Mas errou ao manter na sua intimidade e levar para o ministério homens comprometidos, três dos quais chegaram a ser presos e todos malconceituados.

Este envolvimento maculou seu governo a tal ponto que, hoje, inviabiliza uma eventual candidatura, pois continua a manter relações próximas com alguns desses elementos. Seria o ideal, não fossem estas companhias. Temer, que é experiente político, diz que não é candidato, mas que aceitaria ‘a missão’.
 
Variedades 

• O antigo Hotel Glória, monumental imóvel no Rio, construído há cem anos, está sendo reformado e vai ser uma habitação de alto luxo, com apartamentos desde 80 a 330 metros quadrados. O mais moderno possível e mantendo a fachada atualizada, mas sem perder a grandeza. O preço do metro quadrado deve ficar próximo aos quatro mil euros equivalentes. 

• Já em São Paulo avança o Cidade Matarazzo, no coração da cidade, atrás do Museu Assis Chateaubriand, MASP, agora com a presença da Gafisa, braço imobiliário de Nelson Tanure. O conjunto vai ter torres de habitação, comerciais e hoteleiras, em meio a um parque e tudo de alto padrão.

• A reforma do Museu e do Parque do Ipiranga, onde estão os restos mortais de Pedro I do Brasil e Pedro IV de Portugal, está quase pronta e com sucesso. Um dos pontos altos dos 200 anos da Independência do Brasil. Na verdade histórica não foi Independência, mas separação de Portugal, pois desde 1815, por ato de D. João VI, o Brasil era Reino Unido a Portugal.

• A última de Lula da Silva é louvar o sucesso da China atribuindo ao partido forte o progresso económico do país. Outra que corre nas mídias foi discurso apoiando o candidato de esquerda radical na Colômbia. No mesmo discurso, elogiou Argentina, Peru e Chile. Não está enganando ninguém. Na guerra pela internet circula a entrevista de Lula a El País, de Espanha, em que compara os dez anos de Maduro aos longos mandatos de Merkel, Thatcher e González. 

• Estima-se em quase 70 milhões os brasileiros com dívidas vencidas há mais de 60 dias. A maioria nos cartões de crédito. A dívida média e em torno de 450 euros equivalentes.

• Exploração política sobre a morte do jornalista inglês Dom Phillips, no interior da Amazónia, em zona marcada pela violência. O indianista que o acompanhava, e também morto, Bruno Pereira, já havia denunciado o principal suspeito. O governo nada tinha com a viagem nem com as disputas na área. Muito menos o Presidente. 

• O gasóleo importado, quase a metade do consumo, pode faltar caso o Presidente congele o preço. Virou obsessão que mais o prejudica do que ajuda o preço dos combustíveis. Parece que a baixa nas sondagens eleitorais afeta o comportamento do Presidente que não ouve ninguém.