Costa falou ao telefone com Zelensky para reiterar apoio à entrada da Ucrânia na UE

Nesta quinta e sexta-feira, os chefes de Estado e de Governo da UE vão tomar uma decisão em Conselho Europeu sobre o parecer de 17 de junho da Comissão Europeia, no qual foi recomendado a atribuição do estatuto de país candidato à adesão à Ucrânia e também à Moldova.

Portugal continua a fortalecer os laços com a Ucrânia. A poucos dias da votação para a concessão do estatuto de candidato no Conselho Europeu à Ucrânia, o primeiro-ministro português, António Costa, falou, esta terça-feira, por chamada telefónica com o Presidente Volodymyr Zelensky para confirmar o seu apoio para a entrada no bloco comunitário.

Após a chamada telefónica, Zelensky recorreu à rede social Twitter para agradecer “o apoio de Portugal para a atribuição à Ucrânia do estatuto de candidato à adesão à UE”, ao indicar que ambos os países concordaram em “usar a experiência de Portugal” na UE para facilitar o processo de entrada da Ucrânia.

Mais tarde, António Costa também confirmou no Twitter que, na conversa com Zelensky, disse que Portugal “apoiará a concessão do estatuto de candidato à Ucrânia no Conselho Europeu" agendado para 23 e 24 de junho, em Bruxelas.

Costa ainda disse ter demonstrado a "disponibilidade" de Portugal para "aprofundar o apoio político e técnico ao processo de adesão ucraniano".

Nesta quinta e sexta-feira, os chefes de Estado e de Governo da UE vão tomar uma decisão em Conselho Europeu sobre o parecer de 17 de junho da Comissão Europeia, no qual foi recomendado a atribuição à Ucrânia e à Moldova do estatuto de país candidato à adesão.

No dia em que foi conhecido o parecer da Comissão Europeia, liderada por Ursula Von der Leyen, António Costa afirmou que Portugal vai segui-la, no entanto, advertiu que um alargamento do bloco comunitário vai exigir uma reflexão sobre a "futura arquitetura institucional e orçamental", um percurso que deve ser realizado em coletivo.

"Esta perspetiva de futura integração, não só da Ucrânia e da Moldova, mas também dos países dos Balcãs ocidentais, exige uma reflexão sobre a futura arquitetura institucional e orçamental da União Europeia, de forma a criar boas condições para termos uma UE forte, unida, capaz de cumprir os seus objetivos e acolher novos países candidatos", sustentou o primeiro-ministro português.

A Ucrânia apresentou o pedido formal à adesão à UE a menos de uma semana após a invasão russa sobre o seu país, a 24 de fevereiro. No início de abril, Ursula von der Leyen entregou em mão, na capital ucraniana de Kyiv, a Zelensky o questionário que as autoridades ucranianas já preencheram e enviaram a Bruxelas.

Agora falta só conhecer a decisão do bloco europeu quanto à concessão do estatuto de candidato à Ucrânia, que poderá ser determinada no final desta semana.