Mais Sindicato, SBN e SBC acordam com BCP atualizações salariais

Trabalhadores do Santander que foram alvo de despedimento vão organizar uma concentração arraial.  

O Mais Sindicato e os sindicatos dos Trabalhadores do Setor Financeiro (SNB) e dos Bancários do Centro (SBC) acordaram com o BCP aumentos salariais. “Depois de inúmeras reuniões de negociação, o BCP finalmente evoluiu na sua posição e o Mais, o SBC e o SBN deram o seu acordo de princípio à revisão salarial para 2021 e 2022”, revelaram as estruturas sindicais, referindo que os aumentos acordados serão processados já nos vencimentos de julho.

Os sindicais recordam ainda que “as negociações de revisão salarial com o BCP foram muito difíceis e prolongaram-se até agora devido à intransigência do banco, o que não permitiu um entendimento no mesmo período dos restantes IRCT [Instrumentos de Regulação Coletiva de Trabalho], os sindicatos referem que, “finalmente, o BCP evoluiu na sua posição, apresentando uma proposta mais consentânea às pretensões dos sindicatos verticais”.

Assim, o acordo agora alcançado prevê, relativamente a 2021, um aumento de 0,50% da tabela salarial, um subsídio de almoço de 9,80 euros e um aumento de 0,50% das cláusulas de expressão pecuniária.

Para 2022 foi acordado um aumento de 1,1% até ao nível 13 (inclusive) e de 0,70% dos níveis 14 ao 20. O subsídio de almoço foi fixado em 10,50 euros e as cláusulas de expressão pecuniária sofrem um aumento de 1,10%. Mais Sindicato, Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro (SNB) e Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) acordaram com os bancos subscritores do ACT atualizações salariais de 0,5% em 2021 e 1,1% em 2022, disseram em comunicado.

De acordo com os sindicatos, “o processo negocial com o BCP prossegue com vista à melhoria e atualização do clausulado do ACT [Acordo Coletivo de Trabalho] em vigor”.

 

Trabalhadores em concentração

Os trabalhadores do Santander que foram alvo de despedimento coletivo organizaram hoje uma concentração arraial, em frente ao edifício Centro Totta. De acordo com a organização, este grupo “continua, em luta para reaver o seu emprego”, lembrando que a instituição financeira “enviou 700 milhões de euros para o acionista em Espanha, entregou prémios de milhões de euros para os administradores pela destruição de 1400 postos de trabalho em Portugal e que sujeitou os trabalhadores a maior pressão e esgotamento”.