Congresso do PSD encerra hoje com eleição de órgãos nacionais e discurso de consagração de Montenegro

Apelo à unidade do partido marcou os discursos de sábado.

O 40.º Congresso do PSD termina este domingo, com o discurso de encerramento do novo líder, Luís Montenegro, e com a eleição dos órgãos nacionais, para os quais pediu "apoio significativo".

Logo no arranque do Congresso, na sexta-feira, o sucessor de Rui Rio prometeu propostas concretas, no âmbito do que defendeu durante a campanha interna, que culminou com a sua vitória sobre Jorge Moreira da Silva.

"O Governo não responde, assobia para o ar, não tem coragem de ter um programa de emergência social, mas nós no PSD vamos trabalhar para apresentar medidas concretas neste domínio e nas conclusões deste congresso terei ocasião de vos deixar já algumas linhas de orientação daquilo que o Governo pode e deve fazer para ajudar as pessoas que estão numa situação económica e social muito debilitada", afirmou, acrescentando que o Executivo tem a "obrigação moral" de usar o excedente de receita fiscal, de que beneficia com a inflação para ajudar quem atravessa maiores dificuldades.

A votação dos órgãos nacionais decorre entre as 9h e as 11h. Para a direção, Luís Montenegro manteve segredo até ao fim, tendo surpreendido com o anúncio para vice-presidentes do partido do eurodeputado Paulo Rangel e de Miguel Pinto Luz, seu adversário na corrida a liderança em 2020.

Para o Conselho Nacional, a direção apresentou uma lista encabeçada pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e da antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, e já viu 'encolher' a concorrência.

No sábado, as ideias chave dos discursos foram a unidade do partido, com destaque para as palavras de Jorge Moreira da Silva que recusou vir a ser "um líder de fação" e de Miguel Pinto Luz que se declarou 'montenegrista' por convicção, embora contra o "pensamento único

A sessão de encerramento está prevista para as 13h e contará com a presença de representantes do PS, Chega, IL, PCP, PAN, Livre e Chega e também do presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira.