Co-criadora de ‘Friends’ admite a falta de diversidade da série

‘Friends’ – que decorreu de 1994 a 2004 -, estrelou Jennifer Aniston, Courteney Cox, Lisa Kudrow, Matthew Perry, Matt LeBlanc e David Schwimmer e foi um grande êxito. No entanto, isso não foi o suficiente para sair ilesa de críticas e, nos últimos anos, a série tem sido criticada pela falta de personagens de cor. 

Segundo a CNN, Marta Kauffman, a co-criadora da famosa série 'Friends', admitiu entender o porquê das pessoas criticarem a produção. Ao Los Angeles Times Kauffman afirmou que inicialmente pensou que as pessoas estavam a atacar injustamente a comédia pela sua “falta de diversidade” , mas explicou que "aprendeu muito nos últimos 20 anos".

"Admitir e aceitar a culpa não é fácil", disse Kaufman. "É doloroso olhar para nós mesmos ao espelho. Estou envergonhada por não conhecer melhor há 25 anos atrás", explicou. 

‘Friends’ – que decorreu de 1994 a 2004 -, estrelou Jennifer Aniston, Courteney Cox, Lisa Kudrow, Matthew Perry, Matt LeBlanc e David Schwimmer e foi um grande êxito. No entanto, isso não foi o suficiente para sair ilesa de críticas e, nos últimos anos, a série tem sido criticada pela falta de personagens de cor. 

Em 2020, Schwimmer disse ao The Guardian que estava “muito ciente do seu privilégio como homem branco heterossexual” e acrescentou que ‘Friends’ aconteceu durante um período “pré-acordado”, quando a história “não era tão inclusiva”.

"Talvez devesse haver um 'Friends' totalmente negro ou um 'Friends' totalmente asiático", acredita Schwimmer, que interpretou Ross durante 10 temporadas. “Mas eu estava bem ciente da falta de diversidade e fiz campanha durante anos para que Ross namorasse com mulheres negras. Esse foi um empurrão muito consciente da minha parte", revelou. 

Kauffman, que criou ‘Friends’ com David Crane, afirmou ainda ao Los Angeles Times que passou a entender melhor o racismo sistémico nos EUA após o assassinato de George Floyd e, consequentemente, as reclamações sobre o programa.

Isso motivou-a a doar 4 milhões de dólares à Brandeis University, em Boston, para o departamento de estudos africanos e afro-americanos da escola. Desde que a doação foi anunciada, Kauffman disse que "não recebeu nada além de amor".

"Tem sido incrível. surpreendeu-me até certo ponto, porque eu não esperava que as notícias fossem tão amplas", apontou ela. "Recebi uma enxurrada de e-mails, textos e partilhas que não foram nada além de apoio. Recebi muitos: 'Já estava na hora!'. Não de uma maneira mesquinha. São apenas as pessoas a reconhecer que isto estava muito atrasado", rematou.