Fontes ligadas à manutenção da Torre Eiffel alertam para degradação do monumento

Apesar de todos os problemas estruturais do monumento mais conhecido de Paris, a empresa Sete, que gere a torre, “resiste em encerrar totalmente o monumento para grandes reparações”, já que isso significaria a perda de dinheiro. 

Segundo a revista francesa Marianne, o governo francês tem um plano para reparar a icónica Torre Eiffel, monumento mais conhecido da capital francesa, tendo em vista os Jogos Olímpicos de 2024 em Paris. Contudo, são muitos aqueles que consideram que essa será apenas “uma mera operação estética”, que acaba por “não resolver todos os problemas estruturais acumulados”.

A verdade é que o monumento – terminado em 1889 e criado por Gustave Eiffel -, também conhecido como a “Dama de Ferro de Paris”, deveria ter sido desmantelado 20 anos após a sua construção. Mas isso não aconteceu, e 133 anos depois, ali continua. O problema é que, ao que parece, “não se encontra tão firme como antes”. 

A revista francesa revelou que “fontes não-identificadas relacionadas com as atividades de manutenção do monumento admitiram que a estrutura da Torre Eiffel está a ser corroída pela ferrugem e que precisa de recuperação profunda com urgência”: “Se Gustave Eiffel visitasse o local teria um ataque cardíaco”, explicou uma fonte, que teve acesso a relatórios confidenciais que expõem os “extensos danos que afetam a integridade da estrutura, identificando rachas e corrosão generalizada”.

Já em 2010, um relatório havia aconselhado a empresa que gere a Torre, a Sete, a adotar outra “política de manutenção” de modo a avaliar o desgaste da estrutura metálica. Em 2014, surgiu outro que identificou “rachas e ferrugem acentuada”. Dois anos depois, um terceiro relatório “regista 884 reparações que devem ser feitas, incluindo 68 que representam riscos para a durabilidade do monumento”.

De acordo com a revista Marianne, as autoridades francesas têm em curso um plano de 60 milhões de euros para fortalecer a pintura da gigantesca estrutura de metal pela 20.ª vez. Contudo, a pandemia de Covid-19 acabou por gerar atrasos nos trabalhos de manutenção. 

Apesar de todos esses problemas, a empresa Sete “resiste em encerrar totalmente o monumento para grandes reparações”, já que isso significaria a perda de dinheiro.