OCDE. Inflação acelera para 9,6% em maio, um máximo em 34 anos

Subida foi “em grande parte impulsionada pelos preços dos alimentos e da energia”. É o aumento de preços mais acentuado desde agosto de 1988.

A inflação na OCDE medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu para 9,6% em maio deste ano, valor que compara com os 9,2% registados no mês anterior. Os valores foram divulgados esta terça-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que diz que esta subida foi “em grande parte impulsionada pelos preços dos alimentos e da energia”. Este é o aumento de preços mais acentuado desde agosto de 1988.

Segundo a OCDE, a inflação homóloga aumentou em todos os países, exceto Colômbia, Japão, Luxemburgo e Holanda. Dez países da OCDE registaram inflação de dois dígitos, com as taxas mais altas registadas na Turquia, Estónia e Lituânia.

Diz ainda a organização diz também que a inflação dos preços dos alimentos na OCDE continuou a subir, atingindo 12,6% em maio, em comparação com 11,5% em abril. Feitas as contas, a inflação dos preços da energia saltou para 35,4% em maio, acima dos 32,9% em abril. Excluindo alimentos e energia, a inflação homóloga aumentou para 6,4%.

Nos países do G7, foi registado um aumento da inflação homóloga em maio, atingindo 7,5%, face a 7,1% em abril. Cresceu em todos os países do G7, exceto no Japão, onde ficou estável (em 2,5%), com os maiores aumentos entre abril e maio de 2022 registados no Canadá e na Itália.

Diz ainda a OCDE que os preços da energia foram os principais contribuintes para a inflação na França, Alemanha, Itália e Japão em maio, enquanto a inflação excluindo alimentos e energia continuou a impulsionar a inflação no Canadá, Reino Unido e Estados Unidos.

No que diz respeito à zona euro, a inflação homóloga global medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) subiu para 8,1% em maio, em comparação com 7,4% em abril. Excluindo alimentos e energia, aumentou para 3,8% em maio, face aos 3,5% em abril.

Recorde-se que a estimativa rápida do Eurostat para a área do euro em junho aponta para um novo aumento da inflação homóloga (para 8,6%), enquanto a inflação excluindo alimentos e energia diminuiu ligeiramente (para 3,7%). Observaram-se aumentos acentuados em França e Itália, enquanto se estima que a inflação tenha abrandado na Alemanha.