Portugal já recebeu primeiras doses da vacina contra o vírus Monkeypox

No espaço de duas semanas, foram adquiridas pela Comissão Europeia (CE) cerca de 110 mil doses de vacinas.

Portugal já recebeu as primeiras 2.700 doses de vacinas contra o vírus Monkeypox, adquiridas pela Comissão Europeia para serem distruídas pelos Estados-membros mais afetados pelo surto.

A informação foi avançada pela comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, numa declaração à agência Lusa: "As primeiras entregas de vacinas contra a varíola dos macacos chegaram a Portugal para proteger os cidadãos portugueses e responder ao surto de Monkeypox". 

A responsável avançou que no espaço de duas semanas, foram adquiridas pela Comissão Europeia (CE) cerca de 110 mil doses de vacinas, tendo iniciado as entregas aos países mais afetados e sendo Espanha a receber a primeira remessa, com 5.300 doses, em 28 de junho.

Nessa altura, a CE, que negociou um total de109.090 doses da vacina de terceira geração à farmacêutica Bavarian Nordic, informou que, a seguir a Espanha, as vacinas iam ser entregues a Portugal, à Alemanha e à Bélgica, entre julho e agosto.

"Este trabalho vai agora continuar e intensificar-se à medida que nos encaminhamos para outro período de outono e inverno, com a pandemia da covid-19 por perto", assinalou a comissária à agência Lusa.

Segundo os mais recentes dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgados na passada quinta-feira, os casos de Monkeypox em Portugal ultrapassaram os 400, tendo as infeções sido confirmadas em homens, com idades compreendidas entre os 19 e os 61 anos. Todos os doentes se encontram estáveis mas em acompanhamento clínico.

Na sexta-feira passada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que o número de infeções por Monkeypox tinha triplicado nas últimas duas semanas na Europa, tendo sido confirmados em laboratório mais de 4.500 casos em 31 países e territórios.

"A região europeia da OMS representa quase 90% de todos os casos confirmados globalmente em laboratório e reportados desde meados de maio", alertou o diretor da organização para a Europa em comunicado.