Portugal reforça compromisso no seio da NATO, diz ministra da Defesa

Os militares portugueses, disse Helena Carreiras, “estarão, como sempre estiveram, à altura do desafio, demonstrando que Portugal se encontra pronto a responder às necessidades coletivas de segurança e defesa na área euro-atlântica”.

Com a invasão russa à Ucrânia e o atual quadro da segurança mundial, o papel de Portugal na NATO será reforçado, disse Helena Carreiras, esta terça-feira. 

“A invasão da Ucrânia pela Rússia veio demonstrar a necessidade de se equacionar ainda maior adaptabilidade neste âmbito”, afirmou a ministra da Defesa Nacional, na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC). Perante um “novo ambiente securitário internacional, o nosso compromisso no seio da NATO assumirá (…) particular destaque no curto e médio prazo”, continuou. 

Helena Carreiras falava no âmbito do encerramento da apresentação pelo Centro de Estudos Sociais (CES) dos resultados do projeto "A participação de Portugal em missões internacionais: o contributo da política de defesa nacional para a concretização do interesse nacional e a produção de segurança internacional".

A ministra relembrou que na última cimeira da NATO, que teve lugar em Madrid, Espanha, na semana passada, foi aprovado "um novo conceito estratégico que não esqueceu a importância das ameaças a sul e reforçou a abordagem de 360 graus à segurança”.

“Mas Madrid serviu também para revisitar o nível de prontidão que colocaremos à disposição da aliança em caso de um agravamento da ameaça a leste [designadamente no contexto do conflito na Ucrânia]. Portugal reforçou recentemente a sua presença no flanco leste com a antecipação do empenhamento de 222 militares na Roménia”, afirmou. Os militares portugueses, disse ainda Helena Carreiras, “estarão, como sempre estiveram, à altura do desafio, demonstrando que Portugal se encontra pronto a responder às necessidades coletivas de segurança e defesa na área euro-atlântica”.

“Continuaremos igualmente empenhados em teatros de operações com os quais já nos encontramos familiarizados, procurando manter um equilíbrio entre diferentes participações institucionais, sobretudo ao nível da União Europeia (UE) e da ONU”, referiu.