Fuga da prisão de Abuja na Nigéria: mais de 400 presos desaparecidos

A fuga ocorreu após um ataque que se deu na noite de terça-feira e ainda não se sabe quem foram os responsáveis. De acordo com o ministro da Defesa, os principais suspeitos pelo sucedido são os membros do grupo militante islâmico Boko Haram.  

Mais de 400 prisioneiros estão desaparecidos depois de um ataque a uma prisão na capital da Nigéria, Abuja, informaram as autoridades locais. Além disso, segundo as mesmas, quatro presos, um segurança e vários agressores foram mortos depois da prisão ter sido atacada na noite de terça-feira. 

De acordo com o ministro da Defesa, Bashir Magashi, “o grupo militante islâmico Boko Haram é o principal suspeito de realizar o ataque e dezenas dos seus membros estão a fugir”.  

Explosões e tiros foram ouvidos perto da prisão de segurança média de Kuje, nos arredores da capital, quando o ataque aconteceu: "Ouvimos tiros na minha rua. Pensámos que eram assaltantes armados", explicou um morador local à agência de notícias AFP. "A primeira explosão veio depois do tiroteio. Depois soou uma segunda e depois uma terceira", detalhou.

Além dos quatro presos mortos, outros 16 também ficaram feridos durante o ataque, disse o serviço correcional da Nigéria.

Segundo a BBC, vários detidos de alto nível, “incluindo supostos militantes e políticos presos”, estavam na instalação no momento do ataque. No entanto, o serviço correcional informou que “altos funcionários presos não estavam entre os que escaparam”. Quase mil detidos estavam na instalação quando o ataque ocorreu, revelaram ainda as autoridades. “Quase todos eles escaparam inicialmente, mas 443 já foram recapturados”, acrescentaram.

Além disso, Bashir Magashi, afirmou a repórteres que “64 jihadistas presos escaparam da prisão”: "Nenhum deles está dentro da prisão, todos escaparam!", alertou.

Este último ataque na capital foi descrito por muitos na Nigéria como “outra indicação do agravamento da insegurança do país”.

Segundo a BBC, mais de cinco mil presos escaparam de prisões na Nigéria desde 2020.