Um padre de Lisboa foi afastado de funções pelo Patriarcado depois desta entidade tomar conhecimento de uma "troca de mensagens contendo linguagem inapropriada" e remeter o caso para a Comissão Diocesana de Proteção de Menores.
Em comunicado, o Patriarcado de Lisboa informa que "tomou conhecimento de uma troca de mensagens contendo linguagem inapropriada em que está envolvido um padre do seu presbitério", apesar de não esclarecer a que paróquia pertence o sacerdote, quando aconteceu a troca de mensagens ou o seu teor.
Na nota lê-se que "o Patriarcado de Lisboa decidiu afastar preventivamente este sacerdote das funções pastorais", tendo encaminhado esta caso para "averiguação na Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis no cumprimento das indicações canónicas em vigor".
O caso vai ser investigado pela Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis, que integra o ex-procurador-geral da República José Souto Moura, sendo que também a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica em Portugal, liderada pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht, deverá ser informada do caso.
Recorde-se que este foi, em 2021, nomeado ainda em 2021 pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) coordenador da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos de Menores na Igreja.
No final de junho a comissão revelou que validou, desde o início do seu trabalho, em janeiro, 338 testemunhos e enviou para o MInistério Público 17 casos.