Pitch at the Beach esteve em Portugal e foi um sucesso

O evento de investimentos mais importante da América, Pitch at the Beach, esteve em Portugal com a sua 1.ª edição realizada na Europa e o município de Oeiras foi o anfitrião.

O evento de investimentos mais importante da América, Pitch at the Beach, esteve em Portugal com a sua primeira edição realizada na Europa e o município de Oeiras foi o anfitrião (Porto de Recreio de Oeiras/ Marina).

Em edições anteriores, Pitch at the Beach tem sido um grande sucesso em Cancún, Tulum e na Ilha Pasión, em Cozumel, México e conta com um investimento acumulado de mais de oito milhões de dólares.

O conceito foi criado por Angels Nest e Bizrupt, dois dos grupos mais ativos de investimentos em start-ups na América Latina. 

Tendo como fundadores locais em Portugal Eduardo Baptista Correia, CEO do Taguspark, e Alexandre Fonseca, Co-CEO do Grupo Altice, o Pitch at the Beach Portugal contou com o apoio do Taguspark, da Altice Portugal, da Huawei e do Oeiras Valley.

Desde o seu lançamento, o Pitch at the Beach consolidou uma rede de fundos de investimento e business angels com um portfólio de mais de mil milhões de dólares e promove uma oportunidade para as melhores startups poderem crescer e cimentar os seus negócios noutros continentes.

O evento contou com 170 pessoas participantes e investidores oriundos de mais de uma dezena de países, entre os quais, África do Sul, Alemanha, Canadá, Croácia, Espanha, Estados Unidos da América, Estónia, França, Índia, Inglaterra, México, Noruega, Portugal, Suíça, Ucrânia e Venezuela. Durante três dias (2 a 4 de julho), jovens empreendedores, startups, gestores e investidores ‘trocaram o fato pelos chinelos de praia’ à procura das ideias mais inovadoras e com maior potencial para se tornarem projetos de sucesso a nível internacional.

 

Atividades do evento

Durante quatro dias, o evento contou com várias atividades para os participantes com destaque para keynotes de speakers nacionais e internacionais, sobre temas como tendência tecnológicas, liderança, metaverso, inovação, soft skills e o futuro do investimento. Juntaram-se painéis de debate, experiências gastronómicas e náuticas e momentos musicais e ainda a apresentação de 10 projetos por dia a um grupo de investidores (5 minutos por pitch:+ 3 minutos de perguntas e respostas) a cada dia foram selecionadas três vencedoras e, no último dia, entre as nove finalistas sairão três vencedoras (ver quadro ao lado).

Foram recebidas 450 candidaturas para participar no Pitch At The Beach de 18 países e 3 continentes. Entre as 30 selecionadas, 14 são start-ups portuguesas: Artshare, Bandora, CascataChuva, Explor, Funpass/FestForward, GlassOn, Inocrowd, Logrise, Midiacode, Sizl, TheStarter, Timeview, Tripr e Wingdriver.

 

Grande vencedora

A start-up portuguesa Bandora é a grande vencedora da primeira edição do Pitch at the Beach em Portugal. É uma start-up que se dedica à transformação digital e energética de edifícios inteligentes, conseguiu destacar-se perante um painel de investidores internacionais e, como prémio, irá integrar a incubadora Taguspark ter apoio técnico especializado nos laboratório da Altice (Go.Lab IoT e Go.Labs 5G) e mentoria no programa de inovação aberta de apoio a startups da Altice (ENTER).

 

Ana Figueiredo e Alexandre Fonseca nos oradores

Entre os oradores estiveram Zev Siegl, cofundador do Starbucks, Swati Mandela, ativista e neta de Nelson Mandela, e Miryam Lazarte, CEO da Latam Startups, Paulo Pereira, diretor Geral da Huawaei, Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal e Alexandre Fonseca, CO-CEO da Altice Europe.

A sessão de abertura do evento contou com a participação de Israel Pons, cofundador internacional do evento; Eduardo Correia, CEO do Taguspark e do do vice-presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Francisco Rocha Gonçalves. A abertura musical esteve a cargo da Orquestra Novos Horizontes.

O keynote abertura do evento coube a Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal, que mostrou o compromisso da empresa com Portugal e com iniciativas de empreendedorismo e inovação. A empresa é uma das patrocinadoras do Pitch at the Beach e Ana Figueiredo sublinha a importância do modelo de inovação aberta e do papel de mentores, que fomenta a iniciativa que trazem novos projetos e oportunidades ao setor. E acrescentou: «O Pitch at The Beach é um evento muito importante que serve para conectar entrepreneurs com business angels e investidores e é uma oportunidade para podemos trocar ideias de como poderemos construir um mundo e um amanhã melhor para todos».

A tecnologia de 5G e a aposta da Altice Portugal na saúde digital estiveram também em destaque na apresentação e Ana Figueiredo lembrou o exemplo da cirurgia ao cancro da mama recentemente realizada na Fundação Champalimaud, que recorreu a tecnologia de realidade aumentada com os Hololens da Microsoft e a uma ligação 5G da Altice Labs. entre Lisboa e o Hospital Clínico de Zaragoza.

A presidente Executiva da Altice Portugal destacou que «uma das características do 5G é a sua latência, que nos permite ter respostas em tempo real. Na área da saúde, dois segundos podem ser a diferença entre uma operação bem ou malsucedida, se as pessoas vivem ou morrem», afirmou.

Ana Figueiredo explicou ainda o papel que o 5G terá nas cidades do futuro em áreas como o ambiente (com a gestão de resíduos, a eficiência energética a gestão de energia solar ou a deteção de incêndios) e a mobilidade (com a gestão de estacionamento, gestão de tráfego ou o carregamento de veículos elétricos).

Também se mostrou defensora de que a «aplicação da tecnologia deve tornar as nossas cidades mais sustentáveis e mais saudáveis, para cada um de nós», disse.

Para terminar, a presidente Executiva da Altice Portugal, afirmou que a «tecnologia existe para tornar os nossos sonhos maiores e mais ousados. Mas, nós precisamos trabalhar juntos, de uma forma sustentável, de forma a tornarmos este planeta num locar melhor para vivermos».

Ficou ainda o desafio aos empreendedores na sala para que continuem a sonhar para usar a tecnologia para criar um mundo melhor, com a citação de Peter Drucker lembrando que «a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo».

O keynote de encerramento foi endereçado por Alexandre Fonseca, Co-CEO da Altice Europe. O responsável começou por referir o seu percurso internacional e sugeriu aos jovens que estiveram na Marina de Oeiras para que viajem pelo mundo, conheçam outras culturas, tenham experiências diferenciadas.

«Uma das coisas que tenho em comum com a maior parte das pessoas que aqui estão é o gosto pela vida, por contactar com diferentes pessoas de diferentes países, com pessoas diversas e com experiências multinacionais».

Alexandre Fonseca destacou também os cinco princípios da liderança Altice: assumir riscos, ser próximo, possuir um conhecimento profundo do negócio, liderar pelo exemplo e ser um bom comunicador.

A oportunidade de atrair talento e juntar empreendedores e inovação é um dos fatores destacados pelo Co-CEO da Altice Europe que afirma que «os projetos que foram apresentados são muito relevantes, com uma maturidade acima do expectável, e que mostra a capacidade de Portugal gerar projetos e que é importante que os investidores estejam atentos para apostar e contribuir para o desenvolvimento do ecossistema».