Trânsito na Avenida 24 de Julho condicionado durante 23 meses devido às obras do Metro

A obra vai afetar a circulação automóvel a partir desta quarta-feira até abril de 2023. Serão feitos desvios para aliviar os constrangimentos numa das principais avenidas da capital. Os percursos do elétrico não serão comprometidos, ao contrário da ciclovia que sofrerá alterações temporárias. 

A partir desta quarta-feira, o trânsito na zona da Avenida 24 de Julho, em Lisboa, vai ficar comprometido devido à construção da estação do Metropolitano de Santos. A obra vai afetar a circulação automóvel durante 23 meses, até abril de 2023.

Segundo um comunicado do Metropolitano de Lisboa (ML) divulgado hoje, as intervenções na zona da Avenida 24 de Julho já iniciaram e estão envolvidas no Plano de Expansão do metro referente ao Lote 2, que consiste na construção dos toscos entre a estação Santos e o término da estação Cais do Sodré, além de acabamentos e sistemas para o prolongamento das linhas Amarela e Verde (Rato/Cais Sodré) para a linha Circular, que contará com as duas novas estações: Estrela e Santos.

"A concretização destas intervenções implicará a introdução de alguns constrangimentos na circulação nas imediações da Avenida 24 de Julho e da Avenida D. Carlos I ao longo dos próximos 23 meses. As alterações na circulação nestas vias serão realizadas faseadamente", avançou a empresa.

Portanto, a partir de quarta-feira até abril de 2023 vão ocorrer desvios na Avenida 24 de Julho, no troço compreendido entre a Avenida D. Carlos I e a Rua Boqueirão do Duro.

Os veículos que estiverem na Avenida 24 de Julho e que pretendam seguir em direção ao Cais do Sodré serão encaminhados para a Avenida D. Carlos I, Rua D. Luís I e Boqueirão do Duro, retomando a circulação na Avenida 24 de Julho, no mesmo sentido (Cais do Sodré).

Já os veículos que circulem em direção a Alcântara serão desviados para a Rua do Instituto Industrial, Rua da Boavista e Avenida D. Carlos I, retomando a circulação na Avenida 24 de julho.

Para que estes desvios de trânsito seja concretizados, lugares de estacionamento nas ruas referidas serão condicionados, sendo que está prevista a criação de zonas de estacionamento exclusivas para residentes, adiantou a ML.

A empresa também realçou que os desvios "não terão impacto na circulação dos elétricos da Carris”.

O mesmo não acontecerá com o percurso da ciclovia existente na Avenida 24 de Julho, que será alterado para caminhos alternativos com a devida sinalização, contornando as áreas afetadas pelos trabalhos do metro.

Porém, a ML recomenda que, “sempre que possível”, a população evite a circulação na zona afetadas pelas obras, ao utilizar "percursos alternativos que não sejam afetados pelos normais constrangimentos dos referidos trabalhos".

Para tal, a empresa apresenta uma lista de itinerários alternativos: o Eixo Alcântara / Santa Apolónia (e vice-versa): Avenida de Ceuta – Avenida Calouste Gulbenkian – Avenida de Berna – Avenida João XXI – Avenida Afonso Costa – Rotunda das Olaias – Avenida Marechal Francisco da Costa Gomes – Praça Paiva Couceiro – Avenida Mouzinho de Albuquerque.

Também é sugerido o Eixo Infante Santo / Santa Apolónia (e vice-versa): Avenida Infante Santo – Rua da Estrela – Rua de São Jorge – Avenida Álvares Cabral – Largo do Rato – Rua Alexandre Herculano – Rua do Conde Redondo – Rua Joaquim Bonifácio – Rua Jacinta Marto -Largo de Santa Bárbara – Rua Febo Moniz – Avenida Almirante Reis – Praça do Chile – Rua Morais Soares – Praça Paiva Couceiro — Avenida Mouzinho de Albuquerque.

Já o Eixo Infante Santo / Cais Sodré (e vice-versa) compreende a Avenida Infante Santo – Estrela – Calçada da Estrela – Rua Poiais de São Bento – Calçada do Combro – Largo Luís de Camões – Rua do Alecrim – Cais do Sodré.

A linha Circular, que vai ligar a estação do Rato da linha amarela ao Cais do Sodré, da linha verde, está prevista inaugurar em 2024. Vai acrescentar mais de dois quilómetros de rede, criando um novo anel circular no centro de Lisboa e também interfaces que conjugam vários modos de transporte.

A expansão tem um investimento total previsto de 240,2 milhões de euros, cofinanciado em 137,2 milhões de euros pelo Fundo Ambiental e em 103 milhões de euros pelo Fundo de Coesão, através do POSEUR – Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.