Seis anos de prisão para homem que ateou fogo a habitação em Águeda e esmurrou companheira surda

O homem, que se encontra em prisão preventiva, foi ainda condenado a pagar uma indeminização de 23.200 euros ao dono dos anexos que ficaram destruídos pelas chamas. 

Um homem de 34 anos foi esta sexta-feira condenado a seis anos de prisão por ter ateado um incêndio em anexoso arredendos onde vivia com a companheira, em Arrancada do Voua, no concelho de Águeda.

O coletivo de juízes considerou o arguido culpado dos crimes de incêndio e violência doméstica, por agressões físicas, psicológicas e verbais sobre a companheira, condenando-o assim a um cúmulo jurídico de uma pena única de seis anos de prisão. 

O homem, que se encontra em prisão preventiva, foi ainda condenado a pagar uma indeminização de 23.200 euros ao dono dos anexos que ficaram destruídos pelas chamas. 

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de seis anos de prisão.

O arguido, que se encontra em prisão preventiva, foi ainda condenado a pagar uma indemnização de 23.200 euros ao dono dos anexos que foram destruídos pelas chamas.

O arguido terá, durante o julgamento negado que ateou o incêndio, avança a agência Lusa, afirmando que chegou a casa e viu o sofá a arder, não tendo feito nada para apagar as chamas porque "o acesso à água não era fácil".

"A minha prioridade naquela altura foi tirar as gatas e sair para a rua. Tive receio de entrar outra vez e expor-me a uma situação de perigo", disse, acrescentando que não tinha dotes de bombeiro.

O homem negou também as agresões à companheira, surda-muda. 

Os factos ocorreram na madruga de 30 de agosto do ano passado. 

De acordo com o Ministério Público, o arguido chegou a casa depois de ter estado no café a ingerir bebidas alcoólicas e bateu à porta a pedir para entrar. Como a ofendida não ouviu e não abriu a porta, o arguido arrombou a mesma a pontapé, tendo depois agredido a mulher com murros e voltado a sair. 

Mais tarde, o homem terá regressado à residência mas a ofendida já não se encontrava lá, tendo sido levada pela GNR para o posto para ser acolhida pela Cruz Vermelha. O detido terá então ateado fogo à habitação, ficando no exterior a assistir às chamas, sem chamar os bombeiros.

Segundo a investigação, o fogo alastrou-se às paredes e tetos da sala, que ficou destruída, e ainda ao resto da habitação que sofreu de intensa carbonização, tendo a cobertura da casa ficado completamente destruída.