À venda nos aeroportos de Genebra e Zurique, Canivetes suíços ‘voam’ livremente

São comercializados canivetes suíços da célebre marca Victorinox, que assim podem ser levados para bordo dos aviões sem qualquer restrição 

Pelas duty free stores dos aeroportos, a nível mundial, são vendidos os mais variados objetos. No entanto, o Nascer do SOL teve conhecimento de que, pelo menos, nos aeroportos de Genebra e Zurique (Suíça) são comercializados canivetes suíços da célebre marca Victorinox, que assim podem ser levados para bordo dos aviões sem qualquer restrição (a não ser que a viagem tenha escalas ou voos de ligação). O que viola todas as normas de segurança internacionais, e nomeadamente no espaço Schengen.

De acordo com o site oficial do Aeroporto de Lisboa, «nas áreas restritas de segurança e no avião, os passageiros estão impedidos de transportar qualquer tipo de arma ou ferramenta, objetos pontiagudos ou cortantes, bem como substâncias consideradas perigosas», enquanto a companhia aérea TAP especifica a forma como os passageiros podem conhecer «as condições para transportar armas e munições com toda a segurança», avançando que, por exemplo, quem se deslocar à Suíça deve ter em atenção que «não é permitido o transporte de armas e munições consideradas ‘armamento de guerra’».

A verdade é que este tema não é novo. Já no início dos anos 2000, vários órgãos de informação se questionavam acerca do transporte desta ‘arma branca’. E quando consultamos os sites dedicados aos viajantes, encontramos diversos conselhos sobre como, «em geral, se pode armazenar canivetes de bolso na bagagem de porão». A própria Victorinox explica: «De acordo com os regulamentos de bagagem da companhia aérea, geralmente é proibido transportar objetos perigosos em bagagens de mão ou despachadas, ou eles podem ser estar sujeitos a restrições (…) Em geral, aconselhamos a armazenar canivetes de bolso na bagagem despachada», lê-se no seu site oficial, sendo que o Nascer do SOL contactou a empresa para obter esclarecimentos mas não obteve resposta.

A Comissão Europeia, também contactada pelo Nascer do SOL, aceitou responder às questões que lhe foram endereçadas, mas não o fez até à hora de fecho desta edição.