As temperaturas recorde registadas nas últimas semanas no continente europeu, que têm provocado incêndios e agravado a situação de seca sobretudo nos países do Sul, como é o caso de Portugal, poderão contribuir para intensificar a inflação e aumentar os gastos públicos, com um provável efeito negativo no crédito a longo prazo, alerta a agência de notação financeira Moody’s.
De acordo com a mesma, estas condições “irão enfraquecer a produção agrícola” a curto prazo, referindo mesmo que a Península Ibérica é a região mais atingida pelos incêndios até à data (Portugal e Espanha contavam com cerca de 180 mil hectares queimados até 16 de julho), enquanto a Itália vive a sua pior seca dos últimos 70 anos.
Um cenário que poderá levar ao aumento dos preços. "Os preços mais elevados da energia e dos alimentos irão exercer mais pressão sobre a inflação e corroer as despesas discricionárias, o que, por sua vez, abrandará o crescimento económico“, refere.
E como tal, a agência de notação lembra que os governos destes cinco países irão incorrer em custos adicionais para extinguir incêndios e replantar árvores, sendo ainda “provável”.