Contraofensiva ‘ganha impulso’

As tropas ucranianas estão a apostar no isolamento e em cercar tropas russas para as repelir de Kherson, a primeira cidade conquistada pelo Kremlin neste conflito.

Contraofensiva ‘ganha impulso’

A Ucrânia está a subir a parada da contraofensiva em Kherson, a primeira grande cidade ucraniana tomada pelas forças russas, ao bombardear e isolar tropas russas em áreas de difícil reabastecimento, disseram autoridades militares.

Aviões ucranianos atingiram cinco redutos russos nesta zona e noutras cidades próxima na quinta-feira, afirmaram os militares.

Segundo as autoridades britânicas de Defesa e Inteligência, a contraofensiva ucraniana no sul do país está a «ganhar impulso».

O secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Oleksiy Danilov, revelou que a operação para libertar Kherson «já começou» depois de um ataque na ponte Antonivskiy, uma importante rota de abastecimento russo para a cidade ocupada pelos russos.

Num discurso feito nesta quarta-feira à noite, o Presidente Zelensky afirmou que a Ucrânia está a fazer «tudo para garantir que as forças de ocupação não tenham oportunidades logísticas no país», e prometeu reconstruir a ponte Antonivskiy e outras travessias na região.

O conselheiro de Zelensky afirmou que a estratégia ucraniana neste momento passa por «isolar as forças russas». «Não importa o quanto o inimigo nos supere em forças armadas e recursos na margem ocidental do Dnieper, as tropas da Ucrânia, primeiro, vão deixá-los sem munições, combustível, comunicações e comandos, e depois limparão os restos das suas forças», cita o jornal inglês, acrescentando ainda que as forças russas vão ficar com três opções: «Recuar (se possível), render-se ou ser destruídas».

Ataque em prisão

Os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia comunicaram, esta sexta-feira, que pelo menos 40 ucranianos, capturados durante a batalha de Mariupol, morreram na sequência de um bombardeamento feito pelas forças de Kiev contra a cidade de Olenivka.

 Daniil Bezsonov, porta-voz dos separatistas apoiados pela Rússia na região de Donetsk, afirma que 40 prisioneiros ucranianos morreram e que 130 ficaram feridos durante o bombardeamento efetuado pelas Forças Armadas da Ucrânia e que terá atingido a prisão onde se encontravam, na cidade de Olenivka. 

De acordo com as informações das forças pró-russas, as vítimas são efetivos ucranianos capturados durante a batalha da fábrica Azovstal, na cidade portuária de Mariupol.

As Forças Armadas da Ucrânia negaram este ataque: «As forças armadas da Federação Russa realizaram bombardeamentos de artilharia direcionados a uma instituição correcional em Olenivka, um oblast de Donetsk, onde também foram mantidos prisioneiros ucranianos». «Desta forma, os ocupantes russos perseguiram seus objetivos criminosos – acusar a Ucrânia de cometer ‘crimes de guerra’, bem como esconder a tortura de prisioneiros e execuções», lê-se em comunicado.