O Algarve do nosso contentamento

A influência árabe é grande, desde que Tarik aqui desembarcou em 711. O património histórico é imenso, como que a desmentir a ideia que o Algarve é só as boas praias e o bom clima. No ‘reino dos Algarves’ tudo é feito a pensar nos que o visitam, sejam portugueses ou estrangeiros.

por Simões Ilharco

Um milhão de turistas é esperado este mês de Agosto no Algarve. Uma verdadeira avalanche. Mais de 80 por cento das receitas turísticas do país são oriundas da região algarvia. É o Algarve do nosso contentamento.

Tenho o Algarve no coração. Há mais de meio século que aqui passo férias, tendo fixado residência em Altura, já há um bom par de anos, longe do reboliço da capital.

Não vou ao ponto de dizer que sou algarvio não sou português, como fazem alguns naturais de Altura, mas o certo é que o Algarve representa para mim algo que nunca esquecerei e que me marcou bastante. Dir-se-á mesmo que é a minha terra.

Os encantos do Algarve vão de Tavira a Lagos, as duas cidades quanto a mim mais bonitas, passando por Faro, a capital do distrito, e Portimão, em cujo hospital me salvaram a vida, operando-me de urgência a uma oclusão intestinal, com sucesso. Portimão está também no meu coração.

A influência árabe é grande, desde que Tarik aqui desembarcou em 711. O património histórico é imenso, como que a desmentir a ideia que o Algarve é só as boas praias e o bom clima. No 'reino dos Algarves' tudo é feito a pensar nos que o visitam, sejam portugueses ou estrangeiros.

Com a falência da indústria conserveira, que era o seu sustento, os algarvios souberam encontrar no Turismo a saída para a crise, este ano com uma afluência excepcional, devido a alguns factores exógenos, como por exemplo a guerra.

Se não tem ainda as suas férias programadas, venha até a Altura, que tem praias magníficas e gente fixe. Situada entre Tavira e Vila Real de Santo António, Altura tem uma rede de hipermercados invejável, onde encontra tudo. Sabe uma coisa? Está na altura de vir para Altura…