Chega diz que desacatos em Guimarães são da responsabilidade do MAI e exige esclarecimentos do ministro

Para o Chega, “a população de Guimarães ficou completamente entregue à sua sorte”, na passada noite, quando os adeptos croatas do Hadjuk Split lançaram o pânico no centro histórico de Guimarães. 

O Chega considera que os desacatos que ocorreram, na noite de terça-feira, no centro histórico de Guimarães são da responsabilidade do Ministério da Administração Interna, pelo que o ministro José Luís Carneiro deve prestar esclarecimentos sobre o sucedido.

A direção do partido reagiu, em comunicado, aos incidentes que aconteceram ontem no centro da cidade, provocados pelos adeptos do clube de futebol croata Hajduk Split, adversário do Vitória de Guimarães na Liga Conferência Europa.

Para o Chega, "a população de Guimarães ficou completamente entregue à sua sorte, sendo violadas objetivamente as regras legais e protocolares para este tipo de situações no âmbito do futebol internacional".

Segundo o partido, liderado por André Ventura, José Luís Carneiro não deu, “durante horas”, indicações e orientações aos agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP), “que ficaram completamente impotentes perante os acontecimentos”.

“A responsabilidade, é preciso dizê-lo, não é da polícia, mas do Ministério da Administração Interna", assinalou.

Desta forma, o Chega pede que o ministro preste esclarecimentos sobre os distúrbios de ontem, "bem como sobre eventuais detenções e processos em curso relacionados com o evento".

Esta quarta-feira, tanto as autoridades locais como a PSP reagiram aos desacatos. Para o presidente da Câmara de Guimarães, os momentos de tensão que aconteceram são uma falha de segurança por parte dos agentes políciais, ao sublinhar que esta força de segurança já devia estar preparada para eventuais problemas com estes adeptos, pois naquela cidade tem uma "má reputação de serem muito conflituosos, arruaceiros". 

"A Polícia Judiciária tem de estar atenta para cortar este mal pela raiz e o Ministério Público também tem de atuar", disse o autarca, ao defender que os adeptos identificados deveriam ter sido ainda detidos nem poder assistir ao encontro de hoje frente aos vimaranenses. 

Já a PSP afirmou que tinha efetivos no local dos incidentes e que estava preparada para responder a qualquer situação. 

Tendo em conta o histórico violento dos croatas, a PSP poderia ter antecipado o sucedido, através, por exemplo, da identificação dos adeptos na chegada ao aeroporto, como aconteceu a nível internacional, no entanto o Comissário da PSP de Braga adiantou que este grupo não chegou a Portugal a partir do aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, tendo-se movimentado por vários aeroportos.

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